Aplicação do relacionamento terapêutico a pessoas com transtorno mental comum

Abstract

RESUMO Objetivo Descrever o resultado da aplicação do relacionamento terapêutico a pessoas com transtorno mental comum. Método Estudo quantitativo, descritivo, tipo antes e depois, conduzido com 112 prontuários acessados de um projeto de extensão em saúde mental na Atenção Primária à Saúde em Santo André, São Paulo. Utilizou-se o Self-Reporting Questionnaire para rastreio. Dados coletados em outubro de 2014 e analisados por meio de medidas de frequência simples. Resultados O escore de entrada variou entre 07 e 18 pontos, e, quanto maior, mais sessões de relacionamento foram necessárias. Ao final do processo do relacionamento, 55% da amostra apresentaram escore negativado e 45% passaram à pontuação ≤3. Conclusão O relacionamento terapêutico como cuidado em enfermagem em saúde mental transcende ao espaço da especialidade. A reavaliação contínua e o redirecionamento do processo conduziram os usuários a ampliar a visão sobre os desencadeadores de sofrimento, construir estratégias de enfrentamento e exercitar mudanças no cotidiano.

Perception of nursing students on children's mental health/ Percepção de graduandos de enfermagem sobre a saúde mental infanto-juvenil

“…Dessa forma, o ensino de enfermagem na saúde mental infantojuvenil deve dar condições para que o graduando desenvolva habilidades científicas, humanísticas e técnicas, conhecimento com especificidade na área em questão, que o instrumentalize para sua prática profissional. (22) A análise das falas dos graduandos vai ao encontro de achados de estudo, no tocante ao ensino da saúde mental na graduação em enfermagem no Brasil, em que evidenciaram em seus resultados que, mais da metade dos cursos avaliados na pesquisa, disponibilizavam apenas uma disciplina na grade curricular, referente a essa temática, mostrando-se insuficiente para que o conteúdo seja abordado de forma satisfatória. (23) A fragilidade no ensino da saúde mental em enfermagem está relacionada à carga horária reduzida, deixando lacunas no processo ensinoaprendizagem dos graduandos, principalmente na área da saúde mental infantojuvenil, abordada, na maioria das vezes, de forma insuficiente e insatisfatória, formando profissionais sem as experiências e conhecimentos necessários para prestar um cuidado de qualidade a essa clientela.…”

Mental Health Nursing Education in Brazil: Perspectives for Primary Health Care

“…A logic based on the devaluation of mild mental suffering to the prejudice of more complex ones, which are severe and persistent mental disorders, and linked to the education based on psychiatrization and medicalization of suffering during teacher education. 13 The non-proposition of offering mental health education in PHC deserves reconsideration especially when prioritizing the Psychiatric Hospital and even the Therapeutic Communities, scenarios that distance themselves from community-based care. However, the consensus and dissents regarding the decision by the fields of practice depend on the value given to the theoretical references that support the Pedagogical Project of the Course, which fortunately is not isolated, but in its construction requires the collective commitment of several agents.…”

“…It is believed that they think the demands of psychic distress/mental disorder are not vigorous for learning, leading teaching to classic scenarios such as Psychiatric Hospitals and/or CAPS. Considering that it is in PHC that people with common mental disorders seek shelter, understanding and care for their needs, 13 using this field creates and expands a locus of care, and encourages general nurses for a broader praxis.…”

Processo de ensino-aprendizagem da saúde mental na graduação em Enfermagem: uma revisão de literatura

“…Os docentes que desenvolvem o ensino de saúde mental apenas na graduação acreditam na potência desse campo para subsidiar a formação em saúde mental. Em tempo de construção das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Enfermagem, preencher essas lacunas na formação é necessário para o fortalecimento da tríade ensino-pesquisa-extensão de saúde mental que fomente uma prática mais alinhada (Nóbrega et al, 2017). Research, Society andDevelopment, v. 9, n. 7, e710974827, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4827 16 Categoria 3 -Atribuições do Enfermeiro na saúde mental O cuidado de enfermagem em saúde mental exige do enfermeiro uma postura terapêutica, assumindo uma posição autônoma como agente terapêutico, avaliando o estado de saúde do paciente, relacionando com os determinantes sociais, políticos, econômicos e culturais dos indivíduos (Garcia et al, 2017).…”