ResumoA seção Debates da Revista Estudos Feministas foi planejada a partir de 2004, quando novos critérios adotados pelas instituições de fomento passaram a exigir uma periodicidade mais intensa das revistas científicas. A partir de uma demanda externa, pusemo-nos a pensar quais seriam as formas de debate feminista que a Revista poderia incrementar, dada a necessidade de intensificação de seu ritmo de publicação. Foi Susana Funck, que então integrava a editoria de artigos da Revista, quem formulou a proposta da seção Debates. As pessoas que acompanham de perto a história da REF e são suas leitoras certamente conhecem essa seção, mas ainda assim creio que cabem algumas breves palavras de apresentação de sua proposta.A seção Debates pretende colocar no centro da discussão um texto clássico, referencial do feminismo ou dos estudos de gênero, ou ainda um texto que aborde um tema candente, de grande atualidade, ou clássico e sempre atual, em diálogo imediato com intelectuais feministas do Brasil e/ou de países latino-americanos. Ou seja, com essa seção, a Revista segue aprofundando um papel que desde sua criação se dedicou a cumprir, qual seja, o de fazer circular, o de promover a recepção das teorias feministas e dos estudos de gênero.O que me parece uma estratégia interessante, e peculiar, neste caso, é a promoção deste debate que busca situar e localizar as questões propostas pelo texto que centraliza o debate. Geralmente estrangeiro, esse texto deve necessariamente ser "traduzido" pelo debate brasileiro e/ou latino-americano. Quando me refiro à tradução, não estou falando