Argumentação e polêmica nas redes sociais: o papel de violência verbal

Cabral, Ana Lúcia Tinoco; Lima, Nelci Vieira de

doi:10.17058/signo.v42i73.8004

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“…São "valorizações de ordem subjetiva, cujas bases de argumentação, em geral, fundamentam-se na opinião comum, poucas vezes se fazendo referência a outras fontes de conhecimento ou mesmo a elementos factuais" (Silva, 2022, p. 41). Por outro lado, assiste-se à espetacularização da polémica e, até, da violência verbal (Cabral & Lima, 2017). Como consequência, "o ambiente tóxico da internet, particularmente nos espaços dedicados aos comentários de leitores, tem recebido crescente atenção em pesquisas de campos diversos" (Carvalho & Martins, 2021, p. 9).…”

Section: O Terceiro "E": Engajamentounclassified

A Contemporânea “Matriz dos Três E’s”: Emancipação, Empoderamento e Engajamento dos Consumidores

Santos

2024

A Publicidade Na Era Da Hiperestimulação

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Com a evolução tecnológica, o internauta não se limita a consumir conteúdos digitais, numa perspetiva recetora e contemplativa, mas também a criar, numa nova, ativa e valorizada prática. Estamos perante um processo híbrido, que desemboca no que apelidámos de a "matriz dos três E's", dado que está em causa a emancipação, o empoderamento e o engajamento dos utilizadores, que conquistaram um maior poder nas interações estabelecidas na arena virtual, ao deterem mais autonomia, protagonismo e conexão, respetivamente. Mutações que exigem estratégias diferenciadas, por forma a produzir narrativas que vão ao encontro dos prosumers, num constante desafio para o discurso publicitário.

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Section: O Terceiro "E": Engajamentounclassified

A Contemporânea “Matriz dos Três E’s”: Emancipação, Empoderamento e Engajamento dos Consumidores

Santos

2024

A Publicidade Na Era Da Hiperestimulação

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A Publicidade na Era da Hiperestimulação

Ferreira

2024

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Vivemos imersos em ambientes comunicacionais fortemente mediados por ecrãs que nos estimulam, prendem, sugerem ou, simplesmente, nos distraem. Dispersão ou estimulação sensorial serão efeitos possíveis do ecossistema digital. Sendo a publicidade uma admirável ferramenta nesta engrenagem, enfrenta o fenómeno da perceção seletiva e do consequente “simplesmente desligar” face à sobreposição de mensagens e de imagens. A atenção é um bem escasso e o ruído — psicológico, físico, fisiológico ou semântico — uma ameaça à eficácia da comunicação. Os textos que integram este livro situam-se neste tempo de hiperestimulação e revelam a diversidade de olhares sobre o fenómeno publicitário, apontando para uma crescente presença da publicidade social em questões como, por exemplo, a inclusão de género ou de etnia nos temas de investigação aplicada. As mudanças na sociedade, o aparecimento de novos canais de comunicação, as alterações nos perfis de consumidores e a existência de um mercado globalizado, são alguns dos ângulos sob os quais os autores escolheram olhar a publicidade. Por outro lado, o livro inclui reflexões sobre a imagem, com uma deambulação pela teoria da imagem e, com ela, pela semiótica ou pela retórica. As metodologias e técnicas de investigação usadas são diversas e vão do estilo livre de um ensaio ao estudo de caso, com uso de metodologias maioritariamente mistas. O livro revela, de forma transversal, uma atenção quanto ao impacto social da publicidade, estudando estratégias criativas que procuram a eficácia comunicacional. Quer investigando a cidadania corporativa das marcas ou as suas estratégias de alteração comportamental com vista a um maior bem-estar, quer focando-se na criatividade para além do consumo, voltada para causas e movimentos sociais, os artigos refletem a importância dos conteúdos, da criatividade e do propósito social nas estratégias publicitárias para o século XXI, sem descurar o crescente protagonismo do consumidor-cidadão no processo. Em suma, um livro dedicado à investigação em publicidade com uma ação mais transformadora e com maior impacto social.

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“…As Amossy (2014a) notes, 21st century society is fond of spectacle; the network Facebook is, in the author's words, the public square of today, where individuals show themselves to each other, where ideas are discussed and polemics develop, often bitterly. In social networks, according to Cabral and Lima (2017), interactions happen more in the order of conflict than of harmony; in fact, Amossy (2014a) asserts that digital media privilege controversy. In reality, in the case of Facebook spaces that are constituted and exclusively dedicated to the expression of public opinion, of a socio-political nature, there is often a strong, close dynamism, with continuous posts, promoting the defense of values and protagonists who are registered and vehemently attacking the ideas of those who oppose them and mainly of those who are in power or the most fragile and excluded, with no right of reply.…”

Section: The Context Of the Social Network Facebookmentioning

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“…In turn, Culpeper (2008, p. 36) underlines the intention of causing damage to the face. In fact, when there is an intention of disqualifying the interlocutor, violence seems to be an effective strategy and as such, as stated by Cabral and Lima (2017), it needs to be linguistically marked, for example, with the use of a pejorative qualifier. Terkourafi (2008, p. 70), however, defends that verbal rudeness and aggressiveness occur when the expression used is unconventional in relation to the context in which it occurs; it attacks the recipient's face, but no intent to attack the face is attributed to the speaker by the listener.…”

Section: Theoretical Frameworkmentioning

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“…The user who posts the comment does so, most times, to their peers, in order to reinforce a collective ethos, or, according to Terkourafi (2008), their own image. It can therefore be said that it is a rhetorical strategy that aims to reinforce the image of oneself before the group they belong to, since, on Facebook, according to Cabral and Lima (2017), people establish relationships due to common interests, because they share the same points of view. Thus, the migrant is attacked to reinforce the collective ethos, the image identified by the group, which, in the case of our analyses, is xenophobic and intolerant.…”

Section: Attack On Migrants On Facebookmentioning

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Barbarus ad portas: a agressividade verbal em comentários na rede social Facebook

Seara

Cabral

2020

revistacomsoc

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O presente artigo discute a problemática da representação de migrantes refugiados na Europa, Portugal, e na América Latina, Brasil. Focalizando a violência verbal na web, neste estudo pretende-se analisar comentários de usuários do Facebook, destacando o argumento ad hominem como estratégia para macular a imagem dos migrantes refugiados, o trabalho observa duas formas de materialização desse argumento: o ataque pessoal direto e o ataque pessoal indireto. São analisadas as estratégias verbais que permitem desqualificar migrantes refugiados e representá-los negativamente. O quadro teórico é tributário da análise do discurso em diálogo com a retórica, representada pelas pesquisas de Amossy (1999, 2014b), entre outros, complementando-se em estudos sobre interações em redes sociais (Castells, 2013), e sobre violência verbal (Culpeper, 2008; Bousfield, 2008), em particular a violência verbal na internet e nas redes sociais (Castells, 2013; Rodeghiero, 2012). A análise discursiva-pragmática foi efetuada num corpus de mensagens no Facebook, recolhidas entre julho e agosto de 2017, sobre a crise migratória na Europa, e recolhidas em agosto de 2018, sobre a imigração de venezuelanos para o Brasil. O estudo permite-nos comprovar que, numa era em que as redes sociais disseminam e contagiam, através da palavra escrita, as opiniões livres de todos os que anteriormente não tinham acesso à expressão pública da sua opinião, as estratégias desvalorizadoras e agressivas dominam os comentários nas redes sociais e veiculam posicionamentos que visam excluir o migrante, considerado como perturbador de uma ordem estabelecida.

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Argumentação e polêmica nas redes sociais: o papel de violência verbal

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A Contemporânea “Matriz dos Três E’s”: Emancipação, Empoderamento e Engajamento dos Consumidores

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