Arte, saúde mental e atenção pública: traços de uma cultura de cuidado na história da cidade de São Paulo

Abstract

Resumo O estudo da presença de práticas artísticas e culturais na produção do cuidado ao longo da história da atenção pública à saúde mental na região metropolitana de São Paulo contribui para compreender e caracterizar as práticas adotadas nos atuais Centros de Atenção Psicossocial no município. São abordadas experiências desenvolvidas entre os anos 1920 e 1990, com base em pesquisa bibliográfica. Os dados da atualidade provêm de pesquisa em 126 oficinas realizadas em 21 Centros de Atenção Psicossocial do município, no período de abril/2007 a abril/2008. Conclui-se que uma tendência de cuidado cuja perspectiva clínica se situa na interface da arte e da saúde mental, com desdobramentos em direção ao território, mantém traços de características encontradas em experiências anteriores.

A reabilitação psicossocial na rede oeste do município de São Paulo: potencialidades e desafios

“…In order to advance, the network studied has the challenge of exploring the territory and consolidating it as a social place for mental health users, as well as helping to weaken the stigma and exclusion experienced by them (19) . When the solidarity economy emerged in the early nineteenth century, from the workers' causes, it came in search of better living conditions, and nowadays, it emerges from the confrontation with the neoliberal model and place of encounter of identities that produce diversities of subjects and directions (2) .…”

Importância Das Oficinas Terapêuticas No Contexto Da Atenção Primária a Saúde

“…Associadas a essas perspectivas, as oficinas terapêuticas têm por objetivo serem espaços de cuidado, socialização e trocas entre indivíduos; por meio de atividades que promovam expressão de sentimentos, como oficinas artísticas, e o resgate da cidadania, pelas oficinas de alfabetização (Galvanese et al, 2016). Cumprem a finalidade de promover o processo de reabilitação psicossocial ao propiciar espaços de reconstrução de papeis sociais e intercâmbios com os espaços externos ao serviço de saúde, articulando, a (re)socialização em suas atividades (Assad & Pedrão, 2013).…”

Novos Tipos Organizacionais E Seus Desafios: Estudo Qualitativo Num Empreendimento Social Que Associa Trabalho, Saúde Mental E Cultura/New Organizational Forms and Their Challenges: Qualitative Study in a Social Enterprise Which Associates Work, Mental Health and Culture

“…Os CAPS vêm procurando desenvolver junto aos usuários desse sistema de atenção psicossocial, -que sofrem transtornos mentais de diversas ordens -atividades expressivas, culturais e artísticas que possam junto aos demais mecanismos terapêuticos, remediar os efeitos das patologias que essas pessoas possuem e lhes dá a oportunidade de reinserção na comunidade da qual fazem parte (BRASIL, 2004). Galvanese et al (2016) relata que para atender a esses objetivos, os CAPS buscam trabalhar em conjunto com outras instituições e empresas -principalmente, aquelas com maior viés cultural e social -de modo a talvez, sanar uma deficiência ou insuficiência do sistema público que sozinho não consegue dar conta do alcance desse objetivo. Por essa razão é que se destaca a relevância de ONGs, Fundações e outros empreendimentos sociais para promoção de espaços de trabalho que permitam a ressocialização, reinserção e extinção do preconceito frente às patologias que acometem a saúde mental.…”

“…Diante do exposto, esses novos tipos organizacionais de caráter social, voltados à ressocialização das camadas menos favorecidas e marginalizadas da sociedade, através, principalmente, de práticas artísticas e culturais, podem ser agentes capazes de atender a demanda social; suprindo, ainda, as deficiências do sistema governamental em prover tais práticas de incentivo e promoção da saúde, especificamente, para este trabalho, a saúde mental (VIEIRA, 1998;GALVANESE et al, 2016).…”

“…O surgimento da fundação corrobora com os achados de Galvanese et al (2016) que relata em sua pesquisa que o CAPS busca trabalhar em conjunto com outras instituições e empresas no intuito de promover espaços de trabalho que permitam a ressocialização, reinserção e extinção do preconceito frente às patologias que acometem seus usuário. Assim, a presente pesquisa vai ao encontro de Vieira (1998) ao caracterizar a fundação como agente capaz de atender a demanda social ao prover atividades de incentivo e promoção da saúde.…”