Este texto propõe-se investigar a prática docente em suas relações com o projeto de emancipação coletiva de todos os excluídos no atual sistema socioeconômico vigente. A problemática que é ponto de partida para a reflexão que aqui buscamos estabelecer está assentada no entendimento de que a sociedade da qual fazemos parte, cada vez mais, carece de uma educação comprometida com as transformações que foram anunciadas — e não concretizadas — pela burguesia revolucionária do amanhecer dos tempos modernos. Trata-se de um estudo de natureza bibliográfica, com aporte teórico e metodológico ancorado no materialismo histórico dialético, daí a preocupação em estabelecer uma análise voltada às relações de ensino-aprendizagem que compreendem o ato educativo como um processo permanente de reflexão com vistas a rupturas transformadoras, uma vez que o modo de produção capitalista intensificou a ampliação das redes de comércio em praticamente todos os campos da atividade humana, mas também produziu e aprofundou as desigualdades sociais, bem como o distanciamento entre as pessoas, acentuando o individualismo, o consumo e a depredação do ambiente. Dessa forma, conclui-se que a prática docente exige reflexão e articulação entre teoria e prática, ou seja, uma práxis efetiva. Nesse momento crucial, em que assistimos ao ressurgimento/fortalecimento de grupos fascistas, ultraconservadores, faz-se necessária a resistência ativa no combate ao obscurantismo, na denúncia dos retrocessos e no anúncio de uma nova sociedade. A utopia há de vencer, e para isso é fundamental a práxis educativa transformadora.