Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.Resumo. O objetivo deste estudo foi analisar a produção científica sobre a avaliação e a intervenção realizada com pessoas que têm medo ou fobia de dirigir. Foram utilizados os descritores 'medo de dirigir' e 'fobia de dirigir' em português, espanhol e inglês nas bases de dados SciELO, PePSIC, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Foram encontrados 119 estudos e, com base nos critérios de inclusão/exclusão, foram analisados 28 artigos. Os resultados identificaram a predominância de participantes do sexo feminino, na faixa etária de 35 a 45 anos e que aprenderam a dirigir mais tardiamente. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para as variáveis sociodemográficas e para o tempo de licença como motorista. Além disso, nem sempre o medo dirigir decorre de ter sofrido um acidente de trânsito, embora esses motoristas tenham maiores chances. As situações mais temidas pelas pessoas com medo de dirigir foram agrupadas em relação à via, ao veículo, às condições climáticas/ metereológicas e às condições pessoais/sociais. Foram encontrados apenas sete artigos que traziam informações sobre a construção, a adaptação ou a busca de evidência de validade de instrumentos de avaliação do medo de dirigir. Os estudos de intervenção tiveram como objetivo diminuir ou extinguir o comportamento de evitar dirigir, aumentar o contato com o veículo, aprimorar as habilidades na direção e, consequentemente, a confiança em dirigir. As técnicas de tratamento incluíram relaxamento e treino de respiração, dessensibilização in vivo e sistemática e uso de simuladores de direção -VRET. Conclui-se que tem aumentado o interesse dos pesquisadores pelo tema, mas que são necessários novos estudos, principalmente no que tange às intervenções terapêuticas.Palavras-chave: medo, fobia, revisão de literatura.