As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de óbito nos países desenvolvidos e são responsáveis por deixar limitações em pacientes sobreviventes a ela, o que repercute de forma considerável na qualidade de vida (QV), no prognóstico e na saúde deles. Desse modo, objetiva-se analisar as limitações provocadas pelo Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e as repercussões na QV desses pacientes. Para isso, desenvolveu-se esta revisão sistemática, que reuniu evidências disponíveis em plataformas de busca como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Publisher (PubMed) e a Semantic Scholar. Foram usados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “myocardial infarction”, “quality of life” e “limitation of activity, chronic” combinados com operador booleano “AND” para a busca, além do filtro para compreender resultados dos últimos 10 anos (2011-2021). Por fim, realizou-se longa triagem para incluir achados mais pertinentes que respondessem à pergunta PICO, resultando em 26 publicações. Dentre os achados principais dos artigos, destacam-se alterações principalmente nas dimensões de atividades habituais, funções físicas, mobilidade, dor e ansiedade/depressão, sendo reflexos da presença de limitações como a fadiga, angina, dispneia, sintomas de transtornos de estresse pós-traumático, disfunção erétil, limitações laboratoriais e financeiras. Os pacientes pós-IAM com mais limitações, apresentaram menor QV, podendo ser visto como um fator preditivo para aumento das chances de recidiva e da mortalidade. É importante que profissionais da saúde tenham conhecimento e atuem nesse ciclo patológico com intervenções individualizadas, visando a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes.