Assistência em HIV/AIDS na Atenção Básica no Semiárido nordestino

Abstract

Objetiva-se descrever a atuação da atenção básica na assistência a pessoas vivendo com HIV/Aids em uma região de saúde do Rio Grande do Norte. Este trabalho consiste em uma pesquisa descritiva, realizada no semiárido do Rio Grande do Norte (RN), especificamente na VI Região de Saúde. Tem como participantes da pesquisa os profissionais de saúde da Atenção básica de 13 municípios da região. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário contendo 47 questões, os quais foram organizados em três domínios: 1-Acolhimento; 2-Diagnóstico; 3-Manejo clínico, analisados a partir de estatística descritiva e aprovado pelo CEP-UERN sob parecer: 2.567.260. A partir do estudo constatou-se que a assistência direcionada a pessoas que vivem com Hiv nesta região encontra-se fragilizada, com uma atenção básica pouco estruturada e com forte dependência dos serviços de alta complexidade situados nas grandes cidades do estado.

Análisis de la hospitalización y la mortalidad por VIH en Brasil, 2016-2020

“…Associado a isso, evidencia-se a fragilidade da assistência às PVHIV nas regiões Norte e Nordeste, que possui forte dependência dos serviços de alta complexidade posicionados nos grandes centros urbanos dessas regiões (21)(22) (23) , situação que pode prejudicar o acesso, uma vez que obstaculiza a busca pelo serviço pelas pessoas que residem em locais mais distantes das capitais.…”

“…Nessa configuração, infere-se que a APS pode não estar assumindo a coordenação do cuidado e se apresenta pouco qualificada e estruturada para o acompanhamento das PVHIV, operando com excesso de encaminhamentos, na contramão do preconizado pelos órgãos federais, e negligenciando o cuidado, que passa a ser centralizado (21) . Reforçando essa hipótese, estudo realizado no Nordeste mostrou que os profissionais de saúde locais ainda carecem de qualificação voltada para o atendimento a esse público (24) .…”

Assistência Farmacêutica aos pacientes com HIV/AIDS no Brasil: Uma revisão integrativa

“…A propagação entre humanos relata os pesquisadores, pode ter sido através dos caçadores ao ter contato com animais contaminados (Silva & Senna, 2021). No Brasil, no ano de 2020, foram notificados 41.919 novos casos de infecção pelo HIV, 37.308 novos casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e 10.565 óbitos com HIV/AIDS como causa básica (Fernandes et al, 2022).…”

“…Em 1996, o Brasil estabeleceu o tratamento com a terapia antirretroviral (TARV) a qual é uma conduta que implicou significativamente na redução das taxas de morbidade e mortalidade, aumentando assim a expectativa de vida (Oliveira & Andrade, 2022). O controle da doença é possível devido o tratamento com a TARV, que impossibilita a replicação viral e auxilia na reconstituição do sistema imunológico, por isso, o mesmo deve ser efetivado precocemente e não interrompido em nenhum momento do tratamento (Fernandes, 2022). Por outro lado, os pacientes em uso crônico dos medicamentos retrovirais não estão livres de problemas relacionados aos medicamentos, entre eles o considerado mais importante, a baixa adesão ao tratamento farmacológico (Silva et al, 2022).…”