O objetivo deste trabalho foi estudar a atividade antibacteriana e antifúngica de méis in natura, elaborados por abelhas nativas sem ferrão e de extratos fenólicos (EFM) obtidos a partir dessas amostras. A atividade antimicrobiana de 21 amostras de mel, coletadas no Estado do Paraná (Brasil), foi avaliada pelo método de microdiluição em caldo, determinando-se a concentração inibitória mínima (MIC) contra as cepas de Escherichia coli ATCC 10530, Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Candida albicans ATCC 10231. As amostras de mel apresentaram maior atividade antimicrobiana para as bactérias E. coli (MIC 90 ≥3,12%) e S. aureus (MIC 90 ≥1,56%) em comparação aos valores obtidos para a levedura C. albicans (MIC 90 ≥12,5%). Os EFM revelaram menor atividade antimicrobiana em relação aos méis in natura, pois apenas nove amostras de EFM inibiram o crescimento de S. aureus em 10 mg.mL -1 . Tais resultados permitem inferir que o mel de abelhas sem ferrão constitui alimento com propriedades funcionais e que apresenta potencial terapêutico contra infecções.
PALAVRAS-CHAVE: ABELHA SEM FERRÃO; MEL; EXTRATO FENÓLICO; INFECÇÃO; MICRODILUIÇÃO EM CALDO.