INTRODUÇÃOO termo pneumonia refere-se a infecção do trato respiratório inferior que primariamente envolve o pulmão. As pneumonias podem ser divididas em comunitárias e hospitalares. Esta classificação é baseada no ambiente em que a infecção é adquirida e apresentam agentes etiológicos, fatores de risco e evolução clínica diferentes.A pneumonia adquirida na comunidade permanece como importante causa de hospitalização e de morte. Estima-se que entre duas a 15/1.000 pessoas a cada ano adquirem pneumonia e cerca de 20 a 40% necessitam ser hospitalizadas sendo que de 5 a 30% requerem tratamento em unidades de terapia intensiva. A mortalidade de pneumonia adquirida na comunidade antes da antibioticoterapia era de 200/100.000 pessoas por ano. Com a introdução da penicilina, em 1940, diminuiu para cerca de 70/100.000 pessoas por ano. Tratamento de pneumonia em pacientes hospitalizadosresultado de um estudo clínico multicêntrico utilizando uma cefalosporina de quarta geração (cefepima) bacteremia, indicando que a antibioticoterapia ainda possui grandes limitações.
3As pneumonias hospitalares são consideradas a principal infecção adquirida em hospitais brasileiros sendo responsável por 13 a 18% de todas infecções hospitalares. Em São Paulo -Brasil -em diversas instituições tais como Hospital das Clí-nicas da Universidade de São Paulo, Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina, UNIFESP e Hospital do Servidor Público Estadual, a pneumonia hospitalar está entre as principais infecções, sendo mais freqüente em unidades de terapia intensiva. Medeiros (1991) em um estudo controlado, realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina, UNIFESP, analisou 60 episódios consecutivos de pneumonia hospitalar sendo que a taxa de letalidade dos casos foi de 53,3% enquanto a dos controles de 28,3%. A letalidade atribuída foi de 25% com intervalo de confiança (IC = 95%) de 7,3 a 42%, risco relativo de 1,88, IC = 95%, de 1,07 a 4,81. Outro fator analisado foi o tempo de permanência nesta UTI. A mediana do tempo de perma-