2019
DOI: 10.11606/issn.1981-1624.v24i2p329-341
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Autismos: uma estrutura de existência e a legitimidade dos sujeitos

Abstract: Este artigo visa estender a noção de estrutura do sujeito – entendida como efeito de um encontro contingencial, marcado pela ruptura e fadado à repetição – para o campo dos autismos. Apresenta-se uma investigação do processo que leva à constituição do falante, associada à hipótese de que o autismo evidencia fortes indícios de um processo de subjetivação particular. Tal proposição incide sob a direção do tratamento, como um modo de abordar os sujeitos autistas com uma presença de demanda calculada

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“…Em conformidade com Romano et al (2019), compartilhamos da ideia da necessidade de uma abordagem que legitime aquilo que os autistas, ao seu modo, têm a dizer e priorizar nas intervenções o processo de construção do saber conjuntamente com o sujeito autista e não a busca de respostas prontas sobre o autismo. Não é pretensão deste estudo elencar todas as abordagens terapêuticas que tratam da temática do autismo e muito menos tecer críticas sobre os direcionamentos das intervenções aplicadas, apenas atentamos para a ausência de material que fundamenta a relação autismo e estigmas e sugerimos que pensar em estratégias de intervenção para a pessoa no espectro do autismo requer antes de tudo considerar a sua condição enquanto sujeito para além de um diagnóstico.…”
Section: Metodologiaunclassified
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“…Em conformidade com Romano et al (2019), compartilhamos da ideia da necessidade de uma abordagem que legitime aquilo que os autistas, ao seu modo, têm a dizer e priorizar nas intervenções o processo de construção do saber conjuntamente com o sujeito autista e não a busca de respostas prontas sobre o autismo. Não é pretensão deste estudo elencar todas as abordagens terapêuticas que tratam da temática do autismo e muito menos tecer críticas sobre os direcionamentos das intervenções aplicadas, apenas atentamos para a ausência de material que fundamenta a relação autismo e estigmas e sugerimos que pensar em estratégias de intervenção para a pessoa no espectro do autismo requer antes de tudo considerar a sua condição enquanto sujeito para além de um diagnóstico.…”
Section: Metodologiaunclassified
“…Em conformidade com Romano et al (2019), compartilhamos da ideia da necessidade de uma abordagem que legitime aquilo que os autistas, ao seu modo, têm a dizer e priorizar nas intervenções o processo de construção do saber conjuntamente com o sujeito autista e não a busca de respostas prontas sobre o autismo.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…(LOCATTELLI; SANTOS, 2016)As intervenções terapêuticas na Gestalt-terapia para crianças no espectro do autismo são, nas palavrasde Marques et al, (2019), direcionada para um aumento no entendimento de corpo da criança que se engendra nos modos do autismo objetivando uma maior expressão das funções do ego.A Psicanálise, por sua vez, ocupa-se de situar o autista na relação com o outro uma vez que esta relação foi historicamente desacreditada. Sobre isso,Romano et al (2019), esclarece que ao presumir que os autistas têm como característica primeira os entraves no estabelecimento da relação com o outro, admitimos que a condição apresenta em si um funcionamento subjetivo próprio, no entanto, a singularidade existente no modo de operar não o destitui da dimensão ontológica de conceber as experiências com o outro apenas admite que a vivência do sujeito autista acontece por caminhos distintos.Merlleti (2018), pontua que é necessário um olhar para as crianças separando do discurso técnicocientífico que flerta com a ideia de infância calculável e sustenta o imaginário das figuras paternas, esse olhar enclausura as crianças a um modelo a ser seguido e resulta em objetificação da criança em detrimento dos aspectos da singularidade No que toca às figuras paternas, Duarte (2019), citado por Perruffo (2020), relata que a psicologia apresenta possibilidades de realizar o manejo das questões referentes ao autismo em conjunto com a família, oferecendo amparo para ambos, uma vez que o núcleo familiar fornece informações para o profissional realizar um bom prognóstico e surge como um suporte importante no tratamento dos filhos, independente de qual seja o diagnóstico, deste modo, a família experimenta as cargas advindas da trajetória do tratamento e também necessitará de cuidados profissionais.…”
unclassified
“…Poiché l'attenzione ai dettagli, alle piccole variazioni dello stile relazionale, che il soggetto esprime attraverso le modalità espressive di cui può disporre (gestualità, modalità di gioco, produzione grafica, vocalizzi, parole isolate) possono costituire importanti indizi per approfondire la dimensione psicologica del bambino con autismo (Dainesi & Pretorius, 2020), anche le stereotipie (motorie o vocali) potrebbero essere considerate come metafora di una posizione soggettiva (Lolli, 2015;de Halleux & Baio, 2011;Egge, 2006), nella prospettiva di un trattamento centrato sulla sfera relazionale, all'interno della quale si sviluppano anche i processi comunicativo-lingui-stici. In questo senso l'autismo si presenterebbe come 'struttura di esistenza' (Romano, Paravidini, & Próchno, 2019) di un soggetto che ha diritto di essere ascoltato nella sua particolarità (Barale, 2016) da adulti e operatori che investano sulla sua soggettività (Pediconi & Urbinati, 2019).…”
unclassified