OBJETIVO: avaliar a prática da automedicação entre acadêmicos do curso de enfermagem durante a pandemia de COVID-19. MÉTODOS: trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, realizado com acadêmicos do último ano do curso de enfermagem de um centro universitário do Acre, que atuaram na linha de frente do combate ao COVID-19 nas unidades hospitalares, em decorrência de estágio curricular obrigatório. RESULTADOS: a maioria se encontrava na faixa etária de 18 a 28 anos (80,8%), do sexo feminino (80,8%), solteiros (84,6%), cor da pele parda (69,2%), renda familiar de um a três salários mínimos (73,1%). Costumavam se automedicar (61,5%) e não foram influenciados quanto a prática da automedicação (34,6%). Os principais medicamentos utilizados eram os suplementos (65,4%), medicamentos naturais (42,3%) e azitromicina (38,5%). A maioria se sentiu sobrecarregado durante o período do estágio (61,5%), no entanto, não se automedicaram com medicamentos específicos a fim de evitar contrair COVID-19 ou realizaram o tratamento precoce (69,2%). A maior parte não se infectou com a doença durante o desenvolvimento das atividades práticas (69,2%). Frente aos riscos da automedicação a maioria demostrou possuir conhecimento (92,3%), destacando-se como principais a intoxicação (34,6%), a dependência medicamentosa (26,9%) e a resistência microbiana (26,9%). CONCLUSÃO: a prática da automedicação ocorreu no período pandêmico na população estudada, porém não foi influenciada pela sobrecarga das práticas hospitalares, pois já era uma conduta comum entre eles. Nesse sentido, se faz necessário a conscientização através de atividades educativas, introduzidas nas instituições de ensino, para que resulte no uso racional de medicamentos.