Autonomia na inserção internacional do Brasil: um caminho histórico próprio

Abstract

O artigo trata da formação histórica do conceito de autonomia na política externa do Brasil. No contexto dos debates que já se avizinham em torno dos 200 anos do Brasil independente, o artigo argumenta que a inserção internacional do país, em perspectiva evolutiva, deve a formuladores e formulações que, no tempo, conferiram uma acepção própria, brasileira, do entendimento heurístico do conceito de autonomia. O artigo analisa, portanto, a longa duração, as acepções e processos de valorização desse conceito na diplomacia, na sociedade e na discussão dos estudiosos, brasileiros e estrangeiros, que trataram desse tema.

Between Autonomy and Dependency: the Place of Agency in Brazilian Foreign Policy

“…Throughout history it has been common to portray Brazilian foreign policy as having an autonomist leaning (FONSECA Jr., 1998;MOURA, 1980;PINHEIRO, 2004;SARAIVA, 2014a;SPEKTOR, 2014;VIGEVANI and CEPALUNI, 2011). The examples that we list below clearly illustrate trends in the literature on this subject, showing how the concept has been used in two distinct ways.…”

From the quest for autonomy to the dual break: structural and agential changes in Brazil’s foreign policy during the 21st century

“…Second, and indirectly, their empirical analysis provided a crucial counterpoint to Russell and Tokatlian's (2002) notion of relational autonomy, by analysing how the changes in Brazilian diplomacy's behaviour did not coincide with the appearance of the new context for action which emerged in the immediate aftermath of the end of the Cold War. Such a proposal led authors such as Saraiva (2014) to question the usefulness of the concept of autonomy as an analytical category for post-Cold War governments, particularly in the cases of Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva and Dilma Rousseff.…”

De Lula a Bolsonaro: una década de degradación de la gobernanza climática en Brasil

“…El marco general de este periodo fue el de un Brasil en ascenso en el sistema internacional (Saraiva, 2014), cimentado en el crecimiento económico traído por la disciplina macroeconómica y el boom de las commodities, la reducción de la pobreza y el éxito de las políticas sociales, la consolidación de la democracia, y la figura de un líder carismático casi convertido en una celebridad global.…”