Introdução: O uso de Cannabis de forma medicinal é relatado desde os tempos antigos, assim como seu uso de forma entorpecente. Ao se difundir pelo mundo, seus efeitos psicotrópicos foram ganhando força e interesse, destacando componentes como o delta-9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD). Metodologia: sendo este último de grande interesse científico devido a seus efeitos benéficos em doenças como artrite, Alzheimer, Parkinson, ansiedade, esquizofrenia e depressão. Resultados e discussão: O CBD se destaca por sua ação terapêutica complexa, mostrando-se promissor devido a sua eficácia e menor incidência de efeitos colaterais em comparação a outros medicamentos, mas ressalta a necessidade de regulação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, pacientes que necessitam do CBD muitas vezes recorrem ao Poder Judiciário devido à negação do Estado em fornecer o medicamento. A diversidade de alvos biológicos do CBD abre possibilidades para sua aplicação em diferentes finalidades, incentivando a pesquisa em novas formulações farmacêuticas, ensaios pré-clínicos e testes clínicos em humanos. Considerações finais: O trabalho visa promover um levantamento bibliográfico sobre os estudos e tratamentos com CBD, explorando sua eficácia e perspectivas futuras. No entanto, a associação da Cannabis como droga recreativa cria um estigma em relação ao seu uso medicinal, é crucial compreender que, assim como outros medicamentos, a Cannabis, especialmente o CBD, possui potencial terapêutico significativo e deve ser considerada como uma opção válida no tratamento de diversas doenças e condições clínicas.