Resumo
Objetivo Analisar o resultado radiológico, clínico e funcional das fraturas da clavícula, tratadas pela técnica de osteossíntese com placa minimamente invasiva (MIPO).
Métodos De junho de 2018 a julho de 2019, um total de 17 casos de fraturas claviculares foram tratadas com a técnica de osteossíntese com placa minimamente invasiva (MIPO), sob fluoroscopia com o braço em C. Os resultados funcionais foram avaliados por meio do escore de Constant-Murley e pelo escore de incapacidade do braço, ombro e mão (DASH). Foram analisados os resultados clínicos de consolidação, complicações, tempo cirúrgico, permanência hospitalar e infecção.
Resultados O tempo médio de acompanhamento neste estudo foi de 10,41 ± 1,75 meses (variação, 8 a 14 meses). Havia 11 pacientes do sexo masculino e seis do feminino, com média de idade de 39,05 ± 10,76 anos (variação de 22 a 57 anos). Todas as fraturas se consolidaram no tempo médio de 15,35 ± 3,08 semanas (variação, 12 a 20 semanas). O tempo cirúrgico médio foi de 98,11 ± 13,83 minutos (variação, 70 a 130), sendo a permanência hospitalar média de 4,7 ± 1,12 dias (variação de 3 a 7). O escore de Constant-Murley médio foi de 74,82 ± 6,36 no 4° mês e 92,35 ± 5,48 no 8° mês do pós-operatório, o que foi estatisticamente significativo. O escore DASH médio foi de 9,94 ± 1,55 no 4° mês e 5,29 ± 1,85 na 8ª semana do pós-operatório, também sendo estatisticamente significativo. Um paciente apresentou infecção cutânea superficial no local da incisão.
Conclusões A técnica MIPO é um método alternativo para a fixação de fraturas da clavícula, porém é tecnicamente mais desafiador, já que necessita de instalações cirúrgicas mais bem equipadas.