Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) surgem para potencializar a produtividade dos agroecossistemas e melhorar os ganhos financeiros da agricultura familiar. Questiona-se neste estudo a efetividade do uso de SAFs ampliarem a produtividade e o rendimento financeiro de pequenas áreas. Assim, o objetivo do estudo é avaliar o desempenho produtivo, a demanda de mão de obra e a eficiência financeira dos SAFs. A metodologia baseou-se em um Estudo de Caso, onde durante o período de seis meses foram coletadas informações por meio de entrevistas semiestruturadas, bem como foi acompanhado o cotidiano de três agricultores que estão inseridos no contexto do assentamento Contestado, no município da Lapa, Paraná. Para realizar o prognóstico da análise financeira foi utilizado a planilha AmazonSAF 8.1. No modelo otimizado, dos três agricultores acompanhados, o SAF-3 apresentou o melhor desempenho produtivo financeiro, ultrapassando 17ton/0.5ha/ano de alimento, que corresponde a um VPL de R$ 339,123.40 mil reais durante o período analisado com garantia de venda pelo Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A demanda de mão de obra, em todos os SAFs, se concentra no cultivo das espécies de ciclo curto, atingindo mais de 200 diárias por ano. Conclui-se que os indicadores financeiros oficiais demonstram viabilidade financeira para os três SAFs. Mas o fluxo de caixa não demonstra regularidade da rentabilidade a partir do oitavo ou nono ano até o 15, pois as receitas das hortaliças foram tão altas nos primeiros anos de cultivo que conseguiram manter os indicadores financeiros positivos para todo período.