O objetivo deste estudo foi comparar a viabilidade econômica (VE), entre sistemas de cultivo tradicional (coivara) e sistemas agroflorestais (SAF), com o cumaru (Dipteryx spp.) como componente principal em áreas de agricultores familiares (AF) do PDS Terra Nossa (Novo Progresso-PA) e indígenas Kayapó da Terra Indígena (TI) Baú (Altamira-PA). Para tanto, foram realizados diagnósticos participativos e entrevistas semiestruturadas, realizadas entre 2015 e 2018. A análise dos dados teve como referencial o horizonte temporal de 4 anos e 8 anos. A VE foi medida pelo Valor presente líquido (VPL), Taxa interna de retorno (TIR) e da relação benefício/custo (B/C). Os cultivos mais frequentes nas roças de AF do PDS Terra Nossa (Novo Progresso) e indígenas Kayapó, da Terra Indígena (TI) Baú, foram o cultivo de banana e da mandioca. A análise econômica observou que o sistema de monocultivo de banana (SMB) foi o que obteve os melhores resultados aos 4 anos, com VLP de R$ 26.810,16, TIR de 32,62%, B/C de 2,56, com o plantio de banana e cumaru (SAF2) com o segundo melhor resultado (VPL R$ 32.809,05, TIR de 29,39% e B/C de 3,18), e o sistema de monocultivo de mandioca (SMM) com o pior desempenho. Por outro lado, ao considerar o horizonte temporal de oito anos, o sistema SAF3 apresentou melhor desempenho econômico com VLP de R$ 36.655,88, TIR de 25,76% e B/C de 3,15, e a segunda alternativa mais rentável foi o SAF cumaru e banana (SAF2) (VPL R$ 32.809,05, TIR de 29,39% e B/C de 3,18).