Avaliação Da Qualidade Microbiológica De Efluentes Sanitários Tratados Por Sistemas De Lodos Ativados

Abstract

A maioria das estações construídas para tratamento de efluentes domésticos alcança apenas o nível de tratamento secundário. Desta forma, o efluente sanitário, mesmo que submetido a um processo de tratamento, pode não apresentar qualidade microbiológica satisfatória para ser disposto em corpos receptores. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica, através do monitoramento dos indicadores de contaminação coliformes totais e Escherichia coli, de efluentes domésticos tratados por sistema de lodo ativado, durante o período de um ano. Verificou-se maior quantidade das bactérias no verão, período também relacionado ao maior índice pluviométrico. O sistema de lodo ativado apresentou eficiência acima de 98% na remoção de ambos os organismos avaliados. Contudo, mesmo com a elevada eficiência, verificou-se quantidade considerável de microrganismos no efluente tratado liberado para o meio ambiente. As bactérias E. coli são a causa etiológica de diversas doenças de veiculação hídrica, e por isso esta constatação reforça a preocupação com a saúde pública.

Avaliação dos parâmetros físico-químicos e da eficiência operacional de estações de tratamento de esgoto na região das Baixadas Litorâneas, RJ

“…Os tratamentos secundários ou biológicos, por outro lado, são os mais utilizados uma vez que podem ser aplicados à maioria dos efluentes gerados, sejam eles de origem doméstica ou industrial, permitindo o tratamento de grandes volumes de efluentes, transformando compostos tóxicos em CO2 e H2O com custos relativamente baixos (CORDI et al, 2008). Por fim, o tratamento terciário se destina à remoção de substâncias recalcitrantes, nutrientes e organismos patogênicos (SILVA et al, 2017). Sistemas de desinfecção também são amplamente utilizados a fim de se eliminar o lançamento de microrganismos patogênicos nos corpos receptores.…”