Objetivou-se descrever as características de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise, suas facilidades e dificuldades de ao tratamento. Estudo descritivo desenvolvido com aplicação de formulário junto a 130 pacientes de uma clínica cearense de hemodiálise, em 2017. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (58%), 91 (70%) tinham menos de 60 anos, 66 (51%) eram casados e 36 (28%) analfabetos. Nos dados clínico-epidemiológicos, adesão apresentaram maior impacto hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus associadas (37%; 48), seguido de somente hipertensão (28%; 37) e somente diabetes (26%; 34). Foram descritas como facilidades para adesão ao tratamento a localização da clínica (40%) e a disponibilização de transporte (12%). Como dificuldades destacaram-se a adaptação (34%), o tempo das sessões (24%) e o acesso (91%). No entanto, 80% nunca pensaram em abandonar o tratamento e 91,5% não referem pensamentos negativos sobre ele, sendo que 96,3% se consideram felizes, com fé e apoio familiar. Os achados reforçam a capacidade adaptativa dos pacientes ao tratamento e a necessidade dos profissionais fortalecerem as potencialidades e dificuldades dos pacientes, a serem trabalhadas pela equipe multiprofissional.