O Transtorno opositor desafiador (TOD) é um transtorno disruptivo, do controle de impulsos e da conduta, caracteriza-se por um padrão de comportamentos hostis, desafiadores e desobedientes, iniciados normalmente entre seis e oito anos de idade. Crianças com essa faixa etária estão nos primeiros anos do ensino fundamental, etapa importante da escolarização e alfabetização a qual prioriza o desenvolvimento intelectual e pessoal. Estabelecer estratégias que atendam as práticas inclusivas pelos docentes facilita o processo de ensino-aprendizagem para atender às necessidades dessas crianças. O objetivo geral deste estudo foi investigar a concepção sobre TOD e as estratégias pedagógicas utilizadas por professores no processo de ensino-aprendizagem destes estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental I. Trata-se de um estudo transversal, descritivo exploratório de abordagem qualitativa, composto por 14 professores dos anos iniciais de 1 escola da rede pública municipal de ensino de Uruguaiana/RS. Como técnica de coleta de dados, foi realizada uma entrevista semiestruturada e observações através de um diário de campo. Os resultados foram discutidos à luz da análise de conteúdo de Bardin (2011) e apontam a importância do tema para a sociedade. Os resultados gerados mostram a falta de políticas públicas (legislação, estudos científicos, divulgação) voltadas ao atendimento da criança com TOD no ambiente escolar, bem como as fragilidades e barreiras enfrentadas pelos professores. Assim, evidenciando a necessidade de formações específicas de forma permanente e/ou contínua para a inclusão efetiva de crianças com o transtorno em um ambiente oportuno de ensino-aprendizagem, favorecendo todo âmbito escolar em que esteja inserida.