Avaliação Dos Fatores Relacionados À Adesão De Pacientes Com Diabetes Mellitus Ao Tratamento

Abstract

O sucesso do controle dos fatores de risco como hiperglicemia e prevenção de comorbidades em pacientes diabéticos depende da adesão ao tratamento, enquanto o sucesso do trabalho da equipe de saúde depende do conhecimento sobre estratégias de promoção a saúde sobre os fatores que interferem na adesão do paciente ao tratamento. No presente estudo foram avaliadas adesões ao tratamento farmacológico, não farmacológico e seus determinantes em pacientes que recebem a assistência no Programa de Atenção ao Paciente com Diabetes. A adesão farmacológica foi investigada pelo questionário Medida de Adesão ao Tratamento (MAT), a não farmacológica pelo Questionário de Atividades de Autocuidado com Diabetes (SDSCA) e os fatores determinantes que contribuem para a adesão por formulário elaborado pelos pesquisadores. Verificou-se que adesão ao tratamento farmacológico foi suficiente e adequada, entretanto, o não farmacológico foi baixa nos eixos temáticos referentes à atividade física e dieta alimentar. A baixa renda econômica e o baixo apoio familiar foram os principais fatores complicadores na adesão ao tratamento não farmacológico.

[Id 55160] Desafios No Cuidado Da Doença Renal Crônica Nas Unidades De Atenção Primária À Saúde Em Município Cearense

“…A resistência ao tratamento e acompanhamento multiprofissional verificado entre os diabéticos e hipertensos na APS, eleva os riscos para complicações e/ou aparecimento de comorbidades renais. Vários estudos confirmam essa prática, revelando baixa adesão a dietas, à prática regular de atividade física e ao tratamento medicamentoso, que acomete principalmente os usuários com menor renda per capta e escolaridade 19,20 .…”

Autocuidado de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 de difícil controle em época de pandemia / Self-care of patients with type 2 diabetes mellitus, difficult to control in pandemic times

“…Com relação ao perfil lipídico a maioria das pacientes apresentaram valores dentro da normalidade. De fato, tem sido relatado que os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento das comorbidades associadas ao DM2 são os maus hábitos alimentares (FERREIRA et al, 2014;MOREIRA et al, 2018), o sedentarismo (BENITE-RIBEIRO et al, 2020;DOS SANTOS et al, 2018;DOS SANTOS et al, 2015b), o aumento da massa corporal relacionada à deposição de gordura, principalmente na região abdominal (BARROSO et al, 2017;DANQUAH et al, 2019), e a dislipidemia (MALTA et al, 2011;BARROSO et al, 2017;MAGKOS;HJORTH;ASTRUP, 2020). O acúmulo de lipídeos ectópicos quando associado com a capacidade reduzida da β-oxidação celular caracteriza um processo denominado lipotoxicidade (ALWAHSH et al, 2017;DE CASTRO et al, 2013;DISSARD et al, 2013;ERTUNC;HOTAMISLIGIL, 2016;FU et al, 2009).…”

“…A adesão insatisfatória ao medicamento é um importante fator relacionado ao mau controle glicêmico e às comorbidades anteriormente relatadas. Entretanto a adesão à este tipo de tratamento geralmente é maior do que a adesão às alterações comportamentais relacionadas ao tratamento não medicamentoso (MOREIRA et al, 2018).…”

“…O tratamento medicamentoso inclui o uso de hipoglicemiantes orais, no início da doença, e de insulina nos casos mais avançados. O tratamento não medicamentoso inclui alterações comportamentais que visam um estilo de vida saudável (MOREIRA et al, 2018).…”

Revisão sobre a eficácia e segurança no uso de inibidores de co-transportadores de sódio-glicose-2 na fisiopatologia da diabetes mellitus tipo II

“…Sendo assim, o foco no controle é essencial, uma vez que a quantidade de pessoas com diabetes cresce diariamente no contexto mundial (CRUZ; LEITÃO; FERREIRA, 2016). Entretanto, alguns estudos vêm demonstrando que a adesão ao tratamento farmacológico em relação a dieta e atividade física ainda é baixo, o que torna um fator preocupante pela extensão mundial da doença (MOREIRA et al, 2018 (MALTA, et al, 2015). Dessa forma, a diabetes e suas complicações constituem as maiores causas de morte precoce no mundo inteiro, sendo que cerca de 5 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos de idade vieram a óbito em 2015.…”