Tratamento de feridas excisionais de coelhos com extrato de barbatimão associado a células mononucleares autólogas da medula óssea
RESUMOObjetivou-se com este estudo avaliar o processo de cicatrização de feridas de coelhos tratadas com extrato de barbatimão (S. adstringens) associado a células mononucleares autólogas da medula óssea (CMMO). Utilizaram-se 20 coelhos, distribuídos em quatro grupos: B, extrato de barbatimão; CB, CMMO com extrato de barbatimão; CS, CMMO com solução fisiológica; S, solução fisiológica. Foi avaliada a presença de crosta, hiperemia, secreção, hemorragia, reepitelização, área da ferida e tempo de cicatrização. No terceiro, sétimo, 14º e 21º dias pós-operatório, realizou-se a biópsia das feridas e avaliaram-se os indicadores dos processos de inflamação e de reparo, com destaque para o colágeno, na coloração picrosírius, bem como de proliferação celular, na coloração AgNOR. Houve maior deposição de fibras colágenas nos grupos B e CB (P=0,00003) e formação de crostas mais espessas no sétimo dia, com fibras colágenas mais organizadas no 21º dia. Conclui-se que o barbatimão estimula a produção de fibras colágenas e promove a formação de crostas mais espessas sobre a ferida na fase inicial da cicatrização e, na fase de remodelação, favorece a orientação das fibras colágenas. Além disso, a associação desse fitoterápico com CMMO não estimula a cicatrização de feridas.Palavras-chave: AgNOR, cicatrização, colágeno, Stryphnodendron adstringens, terapia celular
ABSTRACT
This study aimed to evaluate the healing process of wounds of rabbits in response to treatment with barbatiman extract (S. adstringens) associated with autologous mononuclear bone marrow cells (BM-MNC). We used 20 rabbits, divided into four groups: B, 10% barbatiman extract with 9.48% of total tannins; CB, BM-MNC with barbatiman extract; CS, BM-MNC with