A partir da narrativa de vivências em escolas municipais de SP, Ivone, uma professora de Ciências iniciante, se valeu da descrição de episódios cotidianos para ilustrar suas principais angústias profissionais, produzidas pelas recorrentes manifestações de machismo e racismo que presenciou na escola. Para a professora, estas situações funcionam como combustível para a análise e revisão de seu próprio percurso formativo. Através delas pôde reconhecer a responsabilidade do ensino de Ciência no enfretamento de questões de gênero e étnico raciais. Este artigo expõe e analisa os relatos de Ivone, a partir de uma perspectiva crítica sobre o ensino de Ciências e tendo em vista as possibilidades de ação docente.