No cenário político, econômico e social, uma temática em relevância é o meio ambiente. Entretanto, a temática apresenta muitas discussões epistemológicas inseridas no campo teórico e há uma escassez de propostas e reflexões práticas. Essas, quando ocorrem, persistem em abordagens conservadoras em Educação Ambiental. Este trabalho, baseado em pesquisa do estado da arte, expõe um panorama das práticas didático-pedagógicas em Educação Ambiental nas publicações da Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), no período de 2010 a 2017. Foi identificado que as práticas didático-pedagógicas em Educação Ambiental têm alcançado alguns objetivos defendidos por autores da área, mas ainda carece de uma discussão entre teoria e prática em busca de uma Educação Ambiental Crítica.
A partir de algumas questões de base, o Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade (GEPEADS/UFRRJ) procura trabalhar esubsidiar sua reflexão acerca dos processos formativos em educação ambiental e seus efeitos nas práticas escolares. O princípio participativo intrínseco na proposta de realização de uma Educação Ambiental crítica, transformadora e emancipatória, nos leva a relacionar as discussões que vem sendo desenvolvidas, nas últimas duas décadas,sobre o papel da pesquisa na formação e prática docente e que levou a construção da tipologia do professor reflexivo, que pode ser ampliado para a formação do educadorreflexivo. Essa reflexão busca superar um sentimento de que prevalece certo “automatismo” na função docente e que vem se consolidando no cotidiano do fazer pedagógico, até mesmo pelas dificuldades encontradas pelo/a professor/a para o seuexercício profissional. Um “automatismo” representado por um fazer não reflexivo, não apto a romper com uma “armadilha paradigmática” e que leva a uma reprodução de umarotina centrada na transmissão do conteúdo escolar já sistematizado (principalmente pelo conhecimento científico), em que o livro didático acaba assumindo um papelcentral no processo de ensino-aprendizagem. Portanto apostamos aqui na possibilidade do educador reflexivo que sustentado por princípios participativos, pode gerar noprocesso educativo a construção de conhecimentos em uma práxis pedagógica emancipatória. Desta assertiva decorre a importante questão sobre a familiarização do/a educador/a em sua formação inicial com a prática de pesquisa, principalmente de caráter participativo.Palavras-Chave: Educação Ambiental; Pesquisa-ação; Práxis pedagógica
RESUMOO ensino sobre o Ser Humano tem sido, historicamente, reduzido ao ensino do corpo humano nas disciplinas escolares Ciências e Biologia. Neste artigo apresentamos uma investigação que buscou compreender de que forma as práticas docentes sobre Ser Humano se relacionam com as visões de professores de Ciências e Biologia sobre o Ser Humano, com o intuito de contribuir para a superação do enfoque fragmentado e mecanicista já tradicional. Além disso, procurou-se identificar quais os possíveis fatores podem interferir nas práticas docentes. Foram selecionados como sujeitos da pesquisa três professores egressos de um mesmo curso de licenciatura e atuantes em uma rede municipal de educação. Os dados foram coletados por meio de questionários e entrevistas semiestruturadas. As práticas docentes relatadas ressaltam a inclusão do cotidiano dos alunos, o uso de suas concepções prévias e a ampliação do diálogo em sala de aula em sintonia com a visão predominante de Ser Humano focada em aspectos biológicos, ainda que a visão cultural (que contemplam as dimensões histórica e social) e a visão filosófica fizessem parte do conjunto de concepções apresentadas pelos sujeitos da pesquisa. Quanto aos fatores que interferem nas práticas docentes aparecem o currículo, as avaliações e o comportamento dos alunos. Sinalizamos a necessidade do desdobramento do tema em novas investigações empíricas que contemplem outros cenários e perfis diversos de sujeitos.Palavras-chave: Ser Humano. Corpo Humano. Ensino de Ciências e Biologia.
Neste artigo, apresentamos uma argumentação teórica acerca da construção curricular e história das disciplinas escolares de Ciências e de Biologia e suas relações com os saberes do campo de gênero e sexualidade. Partimos da apresentação e problematização de uma das entrevistas que compuseram a pesquisa “Diversidade de Gêneros e Ensino de Biologia: casos de prazeres e corporeidades não-binárias” para, então, pensar como essas disciplinas se constituem, legitimando, ou não, determinados conhecimentos e conteúdos curriculares. Com isso, propomos uma ação questionadora dos posicionamentos que os currículos vêm promulgando, de forma a repensar os contornos nos quais a sexualidade tem sido delimitada na área das Ciências Biológicas.Palavras-chave: Currículo. Ensino de Biologia. Sexualidade. “Really biological”: tensions between biology education, curriculum and sexualityABSTRACTIn this article, it is introduced a theoretical argumentation about curricular construction and scholar disciplines story of Science and Biology, and its relations to the knowledge about gender and sexuality. We started from presentation and questioning of one of the interviews that were included in the survey “Gender Diversity and Biology Education: Case of pleasures and corporealities non-binary” to then, think how these disciplines are legitimizing, or not, certain knowledge and content curriculum. Therefore, we propose an action questioning of the positions that curriculum have been promulgating in order to rethink the contours in which sexuality has been defined in the area of Biological Sciences.Keywords: Curriculum. Biology education. Sexuality. “Bien biológico mismo”: tensiones entre la enseñanza de la biología, currículo y sexualidadRESUMENEn este artículo, presentamos una argumentación teórica acerca de la construcción curricular y de la historia de las disciplinas escolares de Ciencias y de Biología y sus relaciones con los saberes del campo de género y sexualidad. Partimos de la presentación y de la problematización de una de las entrevistas que compusieron la investigación “Diversidad de Géneros y Enseñanza de Biología: casos de placeres y corporeidades no binarias” para entonces pensar en cómo esas disciplinas se constituyen legitimando o no determinados conocimientos y contenidos curriculares. Por ello, proponemos una acción cuestionadora de los posicionamientos que los currículos vienen promulgando, de forma a repensar los contornos en los que la sexualidad ha sido delimitada en el área de las Ciencias Biológicas.Palabras clave: Currículo. Enseñanza de Biología. Sexualidad.
O artigo se propõe lançar olhar sobre os currículos que são produzidos a partir de artefatos culturais. Utilizamos como recorte um material audiovisual produzido por jovens de identidade sexuais e de gênero marginalizadas que dizem dessas identidades e marginalizações. Nesse sentido, analisamos os discursos sobre transexualidade que se constroem em um canal do site YouTube, o Canal das Bee. As análises utilizam-se dos estudos culturais e pós-estruturalistas do campo do currículo, que nos possibilitam lidar com os discursos, os artefatos culturais, a educação, os gêneros e as sexualidades como categorias históricas e sociais, constituídas nos jogos de poder e de linguagem. Pensamos o Canal enquanto um currículo que influencia as juventudes e discutimos as verdades construídas acerca da transexualidade e suas (des)subjetivações.
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