Introdução: Com a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), em maio de 2006, abriu-se um novo contexto para a inserção desses recursos no Sistema Único de Saúde (SUS), exigindo também a aproximação e estudos durante a formação profissional, para que os estudantes possam refletir, vivenciar e analisar essas práticas ainda durante a graduação, sendo a extensão universitária um campo possível de oportunidades para o desenvolvimento da pluralidade terapêutica, favorecendo aproximação entre universidade e comunidade. Objetivos: avaliar as percepções, dificuldades e repercussões que as vivências com PICS proporcionaram na vida acadêmica e pessoal de discentes que foram extensionistas em projetos envolvendo práticas integrativas e complementares. Metodologia: Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, realizada com 7 estudantes dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Nutrição da Universidade Federal de Campina Grande. A coleta foi feita por meio de entrevistas semiestruturadas, com material analisado pela técnica de análise de conteúdo. Resultados e Discussões: As práticas integrativas atuam no cuidado de si e do outro, em uma perspectiva ética do cuidar, agrega saberes teórico-práticos e transforma a realidade pessoal dos sujeitos. Entretanto, existem muitos desafios pela frente, como a pouca disseminação, a descrença nos efeitos benéficos e a hegemonia do modelo biomédico na construção dos cursos de saúde, dificultando a ampliação dessas terapêuticas. Conclusão: É fundamental ampliar os espaços acadêmicos para discussão e desenvolvimento das práticas integrativas e complementares, qualificando e integrando estes recursos na formação dos estudantes da saúde, nas três esferas indissociáveis da instituição: ensino, extensão e pesquisa.