O presente artigo, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-graduação Strico Sensu em Direito da UNIJUÍ, com área de concentração em Direitos Humanos, visa traçar um paralelo entre o capitalismo neoliberal patriarcal e predatório, analisado a partir do filme de Martin Scorsese “O Lobo de Wall Street”, e a política dos comuns, descrita a partir do feminismo anticapitalista de Silvia Federici. A relevância do tema se dá pelo contexto socio-cultural no qual estamos inseridos, e apesar do filme “O Lobo de Wall Street” datar de 2013, permanece atual e relevante no cinema. O questionamento trazido é: que alternativas existem à ideologia moral regida pela masculinidade capitalista predatória? Para responder tal questionamento, o artigo se estrutura em duas seções: a primeira delas retrata a ideologia moral do capitalismo caracterizada a partir de uma análise do filme de Martin Scorsese “O Lobo de Wall Street”, dentro do contexto da economia libidinal retratada no ambiente patriarcal e machista do mundo financeiro. Na sequência, traz a política dos comuns descrita pela lente feminista de Silvia Federici, que retrata uma forma de feminismo anticapitalista, o qual, para Federici, constitui a base da política dos comuns e coloca no horizonte uma nova (e antiga) forma de produção e distribuição de riquezas, compassiva com a vida de todos os seres humanos e compatível com a preservação do planeta. Ressalta-se que o uso do cinema e das artes sempre teve uma relação com a educação em Direitos Humanos, sendo um dos objetivos do artigo demonstrar como realizar esse paralelo no âmbito acadêmico. Para tanto, o método de pesquisa empregado foi o hipotético-dedutivo, por meio da pesquisa documental e bibliográfica.