O objetivo deste estudo foi avaliar a biocompatibilidade do cimento biocerâmico reparador Biodentine® quando comparado ao MTA Branco Angelus® e hidróxido de cálcio. Para isso foram utilizados vinte e quatro ratos Wistar (n=6 animais/grupo), divididos em quatro tempos experimentais de 7, 15, 30 e 60 dias. Os animais receberam implantes subcutâneos de tubos de polietileno contendo os 3 materiais e um tubo vazio utilizado como controle. Após os períodos experimentais os animais foram eutanasiados e os tubos, juntamente com o tecido circundante, foram removidos e processados histologicamente para avalição da biocompatibilidade. Infiltrado inflamatório e espessura de cápsula fibrosa foram analisados por coloração de HE através de escores de inflamação. Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal Wallis e Dunn (p<0,05). O Biodentine® aos 15 dias gerou menor resposta inflamatória que o controle e o Ca(OH)2 (p<0,05). No grupo hidróxido de cálcio, apartir dos 15 dias em diante houve diminuição do infiltrado inflamatório, assim como diminuição da cápsula fibrosa. O MTA Branco Angelus® mostrou capsula fibrosa fina e baixa intensidade inflamatório em todos os períodos. Após os períodos experimentais, todos materiais apresentaram inflamação leve e capsula fibrosa fina. Conclui-se que o Biodentine® demonstrou biocompatibilidade tecidual pois induziu baixa inflamação, que reduziu ao longo do tempo, comparável ao MTA Angelus Branco® e hidróxido de cálcio.