Resumo O objetivo deste estudo foi investigar processos identitários de um grupo de cinco doulas, incluindo suas percepções sobre o próprio grupo, gestantes e médicos. Foram aplicadas entrevistas semiestruturadas, análise de conteúdo temática e, como referencial teórico, a Teoria da Identidade Social. Os resultados demonstraram a relevância do feminismo, ativismo social e movimento de humanização do parto para os processos identitários das participantes. Verificou-se que o grupo fornece apoio profissional e social, com sentimento de pertença e amizade. Discute-se que o ativismo, o grupo de trabalho e encontros regulares com gestantes são estratégias de mudança social, visando à transformação da assistência à saúde e relações de gênero. O estudo foi limitado pelo número de participantes, mas forneceu compreensão sobre tema pouco explorado. Futuras pesquisas poderão investigar práticas de doulas em articulação com o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS).