Introdução: O uso de quimioterapias antineoplásicas atuando a nível celular com objetivo de tratar as neoplasias malignas, pode levar ao surgimento da toxicidade dermatológica, ocasionada pelo extravasamento, que consiste em um dano tecidual decorrente da infiltração, por via endovenosa, dos quimioterápicos aos tecidos circunvizinhos do local puncionado, necessitando de uma atuação profissional rápida e efetiva para evitar desfechos desfavoráveis para o paciente.
Objetivo: Compreender a percepção do enfermeiro sobre os cuidados relacionados ao extravasamento de drogas antineoplásicas.
Método: Trata-se de um estudo de campo, descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, realizado com quinze enfermeiros que atuam no ambulatório e enfermarias da oncologia adulto de uma instituição hospitalar filantrópica localizada em Recife/Pernambuco, Brasil. Os dados foram coletados entre janeiro e dezembro de 2020 através de entrevista e passaram por análise de conteúdo temática-categorial.
Resultados: Emergiram duas categorias. Cuidados preventivos: da identificação dos fatores de riscos à educação do paciente e equipe de saúde; Cuidados diretos: da identificação da ocorrência ao gerenciamento institucional do evento.
Conclusão: Compreendeu-se que a percepção do enfermeiro destaca a importância do planejamento da assistência, incluindo a intervenção imediata, o registro do evento e o acompanhamento do paciente após o extravasamento, como forma de realizar um cuidado especializado e com maior segurança.