Introdução: Apesar do aumento na procura pela água mineral (AM) no Brasil, nem sempre ela apresenta a qualidade adequada para o consumo humano, visto que pode estar contaminada por patógenos. Objetivos: Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre o perfil das bactérias patogénicas (BP) nas AM comercializadas no Brasil. Métodos: Foram selecionados artigos originais publicados entre 2010 e 2019, no SciELO, PUBMED e/ou LILACS, utilizando os seguintes descritores em Ciências da Saúde: “água mineral”, “bactérias”, “patógenos”, “controle microbiológico” e “Brasil”, e logística borealiana “E” e “OU”. Resultados: Treze artigos descreviam a contaminação por BP em pelo menos uma das amostras analisadas, e das 381 amostras avaliadas, 51,5% apresentavam estes microrganismos. Além disso, em alguns casos, ocorria a sobreposição de bactérias, sendo que os patógenos mais descritos foram os coliformes totais (13/13 artigos) e fecais (12/13 artigos). Entretanto, em percentual, as mais prevalentes foram os coliformes totais (30,2% das amostras) e Pseudomonas aeruginosa (22,8% das amostras). Discussão: A alta taxa de bactérias patogênicas nas amostras de AM descritas pela literatura representa um risco à saúde do consumidor, pois, é um gatilho para a ocorrência de inúmeras patologias. Conclusão: Há a necessidade de se reavaliar as legislações vigentes e maior fiscalização dos produtos e comerciantes de água mineral no Brasil, visto que, embora exista uma legislação estabelecendo os limites máximos aceitáveis microrganismos, a literatura relata que há uma elevada taxa de contaminação por bactérias patogênicas. Portanto, impróprio para a venda e o consumo humano.