Partindo do pressuposto de que é possível estimar o salário de uma pessoa a partir das características pessoais, econômicas e locais, este trabalho objetiva verificar quais são as implicações do estoque de capital humano sobre a produtividade individual. Para alcançar ao objetivo, foram coletados dados da RAIS, referente aos trabalhadores da agropecuária e da indústria extrativa das 26 capitais dos estados brasileiros e da capital do Distrito Federal e, estimada uma Equação Minceriana com foco na teoria do capital humano. Os resultados mostraram que, ao investir em capital humano, os trabalhadores da agropecuária e da indústria extrativa se tornam mais produtivos. Verificou-se que um trabalhador com ensino superior completo aufere salário 3,3 vezes maior do que um trabalhador com ensino superior incompleto e, um trabalhador com pós-graduação ganha 1,6 vezes mais do que um trabalhador com o ensino superior completo. Ainda, um trabalhador com pós-graduação ganha 19 vezes mais que um trabalhador analfabeto. Verificou-se, também, que a qualidade da educação contribui de forma positiva para os trabalhadores se tornarem mais produtivos, os homens auferem salários maiores que as mulheres e os trabalhadores não são compensados com salários maiores se as condições do trabalho e da localidade são ruins.