O Cateter Vesical de Demora (CVD) é um dos dispositivos invasivos mais utilizados nos cuidados à saúde e seu procedimento de inserção é o que mais contribui para o desenvolvimento de complicações. Por se tratar de uma prática realizada predominantemente pela enfermeira, a enfermagem possui o papel essencial na adoção de medidas que reduzam a incidência destas infecções. O presente estudo tem por objetivo relatar a experiência de estudantes de Enfermagem no desenvolvimento de ações para a prevenção de infecção do trato urinário ao paciente em uso de Cateter Vesical de Demora (CVD) em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, do tipo relato de experiência desenvolvida entre os meses de agosto a dezembro de 2022. As ações desenvolvidas pelas estudantes foram: elaboração e divulgação de uma cartilha e cartaz informativo sobre os cuidados de enfermagem aos pacientes em uso de CVD, sendo apresentados à equipe mediante rodas de conversa dentro do próprio setor, em momento oportuno. Além das rodas de conversa, houve orientação à beira leito e posterior supervisão dos profissionais, sendo possível perceber grande quantidade de sondas sem identificação. Logo, espera-se contribuir com a prática clínica, com vistas a promover cuidados em saúde cada vez mais qualificados.
PALAVRAS-CHAVE:Cateteres de demora. Cateterismo urinário. Enfermagem pediátrica.
INTRODUÇÃODe acordo com a Portaria n° 2.616 de 12 de maio de 1988, a infecção hospitalar, denominada atualmente de IRAS (Infecção Relacionada à Assistência à Saúde), é definida como a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar, que pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Devido sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é uma causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública (BRASIL, 1988;2022).As infecções são manifestações frequentes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido à gravidade do paciente, maior diversidade microbiana e maior exposição a procedimentos invasivos. Segundo dados epidemiológicos, 12% de todas as infecções Editora e-Publicar -Ciências da saúde: Inovação, pesquisa e demandas populares, Volume 4.