Objetivo: Avaliar a qualidade de vida da criança e do adolescente e o impacto físico/psicossocial nesses sujeitos com câncer em tratamento. Métodos: Estudo quantitativo e descritivo com 35 crianças e adolescentes entre 1,7 e 18 anos de idade, na Clínica Pediátrica do Hospital Estadual Mário Covas e no Ambulatório de Oncologia da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, São Paulo. A coleta consistiu em aplicação de questionário para pais e filhos, com o instrumento Pediatric Quality of Life Inventory (PedsQL™) — Módulo Câncer Versão 3.0 e questionário pediátrico sobre qualidade de vida 4.0 Brasil. Os dados foram analisados e processados pelo software Epi Info, versão 5.3.1. Resultados: Entre 35 crianças, 60% eram do sexo masculino, com idade média de 8,1 anos, tendo em média os diagnósticos recentes 12,3 meses; e, conforme o diagnóstico, 54,3% eram portadores de leucemias. A dor foi frequente em mais de 50% dos casos, e os aspectos de qualidade de vida afetados ultrapassaram 40% de acordo com os pacientes e seus pais/cuidadores. Conclusões: A qualidade de vida está alterada pelas implicações que a doença desencadeou ao desenvolvimento físico e psicossocial dos indivíduos. A percepção dessas alterações, por parte da maioria dos pais/cuidadores, é similar à de seus filhos.