Caracterização de Espodossolos dos Estados da Paraíba e do Pernambuco, Nordeste do Brasil

Abstract

RESUMOEstudos com Espodossolos de ambientes tropicais de tabuleiros costeiros ainda são escassos. Este trabalho visou caracterizar perfis desses solos, tanto nos tabuleiros como em uma restinga nos Estados da Paraíba e do Pernambuco, Nordeste do Brasil. O estudo foi realizado com 14 perfis, inseridos em relevo predominantemente plano e sob cultivo de cana-de-açúcar, em que foram realizadas análises físicas, químicas e mineralógicas. Com relação às condições de drenagem, a maioria dos perfis foi definida como moderada a imperfeitamente drenada, com o lençol freático presente a uma profundidade de 182, 85 e 74 cm, em três deles. A textura evidenciou-se predominantemente arenosa, com variações entre areia, areia-franca e franco-arenosa, sempre com valores da fração argila inferiores a 130 g kg -1 . Com relação às propriedades químicas, observaram-se acidez elevada, baixa saturação por bases, baixa CTC e alta saturação por Al 3+ . Alguns horizontes com cores nos matizes 10YR e 7,5YR, com valores entre 5 e 7 e cromas de 2 a 8 classificados como Bs, apresentaram teores de matéria orgânica mais altos que alguns horizontes classificados como Bhs, demonstrando a insuficiência do critério da cor para identificação desses horizontes cimentados. A mineralogia dos solos apresentou predominância de caulinita e quartzo na fração argila, com pequena representação de ilita, gibbsita, feldspato e anatásio. Nos tabuleiros, além desses minerais, também ocorreu a goethita. Na fração silte, verificou-se a predominância de quartzo e caulinita em todos os solos e, em menor expressão, anatásio, feldspato, goethita e gibbsita. Na fração areia, houve predominância do quartzo em todos os perfis, com traços de feldspato.Termos de indexação: propriedades físicas, mineralogia, tabuleiros costeiros.(1) Recebido para publicação em 22 de setembro de 2011 e aprovado em 21 de agosto de 2013.

Weathering of Rhyolites and Soil Formation in an Atlantic Forest Fragment in Northeastern Brazil

“…Similar results have been observed in soils of the Cabo Basin (Costa, 2012;Carvalho et al, 2013;Neves, 2014) and in soils developed from the alteration of rhyolites in other regions (Heckman and Rasmussen, 2011). The values of K and P, slightly higher in the surface layer (Table 2), are related to greater supplies of organic matter and/or the fertilization applied in the area.…”

Pedogenesis on Coastal Tablelands Area With Low Range Altimetry in Paraíba State

“…The mineralogical assemblage was simple, with a predominance of kaolinite in the clay fraction and quartz in the sand fraction (Table 3 and Figure 7), as also reported in other studies (CARVALHO et al, 2013;DANTAS et al, 2014;LIMA NETO et al, 2009;MOREAU et al, 2006;OLIVEIRA et al, 2010;SILVA et al, 2012). Quartz, which is usually found in coarse fractions (sand and silt), was also observed in the clay fraction of all studied soils.…”

“…Coastal Tablelands are distributed along the coast of Brazil, from Rio de Janeiro to Amapá, and are formed predominantly by plain surfaces usually interspersed by deep valleys. These plains are associated with the sediments of the Barreiras Formation, dating from the Tertiary, and occupy approximately 200,000 km 2 (CARVALHO et al, 2013;FILIZOLA et al, 2001). Coastal Tablelands are usually composed of strongly weathered, clayey, sandy-clayey, or sandy soils that are predominantly kaolinitic and iron-poor.…”

“…Because of the nature of the parent material (pre-weathered sediments of the Barreiras Formation), the typical soils of Coastal Tablelands are very deep and weathered, and usually well drained. However, small relief variations affect water drainage and surface flow, contributing to the formation of hardened pedogenic horizons, including fragipan (weak cementation) and duripan (strong cementation), which may contain cementing agents such as Fe, Si, and/or Al (CARVALHO et al, 2013;CORRÊA et al, 2015;FILIZOLA et al, 2001;MOREAU et al, 2006). Hardened horizons limit water percolation in depth, limiting water drainage in deeper areas of the landscape.…”

Formas De Ferro, Silício E, Ou, Alumínio Na Gênese De Fragipãs E Horizontes Coesos Dos Tabuleiros Costeiros

“…Estudos têm evidenciado que a pedogênese dos fragipãs e duripãs está relacionada à presença de agentes cimentantes compostos de Fe, Si e, ou, Al (Filizola et al, 2001;Moreau et al, 2006;Carvalho et al, 2013), como também de argilominerais silicatados agindo como ligantes (Norfleet e Karathanasis, 1996;Rolim Neto e Santos, 1994), ou, ainda, aos efeitos dos suscessivos ciclos de umedecimento e secagem, favorescendo a iluviação de argila e silte em subsuperfície, reduzindo a porosidade ou o empacotamento denso pela orientação de partículas (Assallay et al, 1998;Attou e Braund, 1998). Tais horizontes interferem no movimento e armazenamento de água no solo, no crescimento de raízes e, consequentemente, na nutrição mineral de plantas.…”