ResumoO processo de industrialização intensificou o ritmo de produção nas fábricas e contribuiu para a prevalência das doenças osteomusculares nos operários. A Ergonomia busca adaptar as condições de trabalho às características físicas e cognitivas dos trabalhadores, melhorar a relação entre as demandas das tarefas e as capacidades individuais para, dessa forma, minimizar riscos de lesões. O estudo realizado é referente à primeira etapa do projeto vencedor do Edital de Inovação para Indústria promovido pela Confederação Nacional da Indústria. O desenvolvimento desta pesquisa foi embasado nas etapas da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), envolvendo a análise da demanda, análise da tarefa, análise da atividade, elaboração do diagnóstico e recomendações ergonômicas. Foram empregadas as técnicas de observação, entrevistas e a aplicação do Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos. Serão apresentados resultados referentes a dados de 15 trabalhadores. Os resultados possibilitaram identificar sobrecarga física nas mãos, tornozelos e pés desses trabalhadores. As queixas relatadas podem ser relacionadas aos movimentos repetitivos, ritmo de trabalho acelerado e permanência por longos períodos de tempo na postura "em pé". Com base nisso, propostas de melhoria foram apresentadas à gestão, incluindo o uso de tecnologia como recurso para reduzir o esforço físico.Palavras-chave: Lesões osteomusculares; Trabalho repetitivo; Ergonomia do trabalho; Posto de Trabalho; Produtos eletrônicos.
IntroduçãoA Revolução Industrial do século XVIII trouxe significativas mudanças para a forma de organização da sociedade, principalmente no que tange ao âmbito laboral e o uso da mão de obra. Além disso, esse marco histórico também acarretou em um aumento considerável da quantidade de agravos relacionados à saúde e segurança do trabalho. A