RESUMO:Objetivando avaliar a decomposição da serapilheira e a atividade microbiana em área de Caatinga preservada, conduziuse um experimento na Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Tamanduá, em Santa Terezinha, Estado da Paraíba. A taxa de decomposição foi determinada com o uso de sacolas de náilon, contendo 30 g de serapilheira, que foram dispostas na superfície do solo em setembro de 2003, sendo retiradas 20 sacolas mensalmente até setembro de 2005. O material coletado foi seco em estufa e pesado para avaliar a perda de peso em relação ao peso inicial. A atividade microbiana foi estimada mensalmente pela quantificação do dióxido de carbono (CO 2 ) liberado no processo de respiração edáfica, a partir da superfície do solo, e capturado por solução de KOH. A perda de peso da serapilheira, após um ano, foi de 41,19% e, após dois anos, foi de 48,37%, evidenciando uma decomposição mais acelerada no primeiro ano. A análise dos dados mostrou a influência da estação do ano na decomposição de serapilheira e da temperatura na atividade microbiana.Palavras-chave: Resíduos florestais, respiração edáfica, floresta seca. RATE OF LITTER DECOMPOSITION AND MICROBIAL ACTIVITY IN AN AREA OF CAATINGA INTRODUÇÃOA Caatinga apresenta variada cobertura vegetal, determinadas em grande parte, pelo clima, relevo e embasamento geológico (RODAL et al., 2008). A caducidade natural de material vegetal forma uma camada de serapilheira que protege o solo na estação seca e, logo nas primeiras chuvas é iniciada a incorporação ao solo por ação dos microrganismos decompositores, configurando o principal processo de ciclagem de nutrientes.A serapilheira sofre, inicialmente, decomposição parcial da mesofauna concomitantemente à ação decompositora dos microrganismos. Parte do carbono presente nos resíduos é liberada para a atmosfera como CO 2 e o restante passa a fazer parte da matéria orgânica do solo (BAYER; MIELNICZUK, 1999). Koukoura et al. (2003) afirmam que as espécies de plantas em ambientes semiáridos podem diferir quanto às taxas de decomposição por causa de variações interespecíficas na qualidade da serapilheira em particular.Os métodos que têm sido bem utilizados para estimar a decomposição da serapilheira são através da respiração do solo (determina a produção de CO 2 pela atividade biológica do solo), o valor K, (que é a relação entre a quantidade de material que cai do dossel e a que está depositada sobre o solo), e avaliações diretas por meio de medidas da perda de massa em sacolas de náilon (ANDRADE, 1997).Para Savin et al. (2001), a respiração edáfica é um método comum e simples de avaliar a atividade biológica no solo. Vanhala (2002) relata que esse é um método que permite estimar a atividade microbiana total, sendo de fácil execução e baixos custos. A taxa de respiração edáfica, medida no campo, reflete a emissão real do CO 2 no solo florestal, estimando, por exemplo, o estoque de carbono do ecossistema.

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This study evaluated tree establishment by seeding in manure-enriched substrate or by seedling planting in manure-enriched holes in two experiments carried out in Patos (PB), Brazil, in degraded Caatinga sites. Experiment one evaluated the effects of the joint seeding (absence and presence of joint seeding, but no singular seeding of any of species) of four tree species (Mimosa tenuiflora, Poincianela pyramidalis, Anadenanthera macrocarpa and Tabebuia aurea), at two levels of cattle manure (absence and presence) in a site protected from grazing. The 2x2 (absence and presence of joint seeding, and absence and presence of manure addition to the soil) factorial experiment was used with four treatments groups in two replicates to which five completely randomised blocks were assigned tentatively to control environmental heterogeneity and reduce the experimental error (e.g.: soil or fertility or erosion slope). Additional data set from six other similar adjacent blocks (size, number of treatments and plots, and level of environmental degradation), submitted to previous and current overgrazing by small ruminants (browsing goats and grazing sheep) was analysed independently. Experiment two, located in an overgrazed site currently protected from grazing, evaluated tree seedling establishment (natural and that resulting from planted Mimosa tenuiflora and Poincianella pyramidalis seedlings in manure-enriched holes according to a randomised completely blocked design with four treatments in two replicates (four controls: when no tree seedling planting occurred, and when seedling planting of one of the two tree species occurred) to which six blocks were assigned tentatively to control environmental heterogeneity and reduce the experimental error. Tree seedling establishment, natural or resulting from seeding, in plots enriched or not with manure and protected or not from grazing, was not observed during three years. Planting of M. tenuiflora accelerated the process of tree establishment, resulting in 36% survival rate and 177.5cm length growth at the end of the third year, while the other tree seeding or planting treatments resulted in no established plants. Observations should continue to determine the period suitable for making degraded Caatinga sites once again available for production.

The devastation of the caatinga vegetation by disorderly exploration has led to the intensification of carbon release, modifying the capacity of soils to stock this element. The study aimed to determine the stock of organic carbon in Caatinga areas. Which it was conducted in the city of Várzea, state of Paraíba in Brazil, in four areas with vegetation in different successional stages. Soil samples were collected to determine the levels of carbon in 04 depths (0-5 cm, 5-10 cm, 10-15 cm and 15-20 cm) in two seasons of the year. The averages of the carbon were compared by Tukey test. The amounts of carbon in the soil showed significant differences in the factors of time, study area and depth. In the dry season, the quantities and the carbon stock were higher than those registered in the rainy season in all the studied areas, being Late Secondary Caatinga and Preserved Caatinga the areas with the highest values. The Late Secondary Caatinga had the highest carbon stock (33.01 Mg ha -1 ) in the rainy season. On the other hand, in the dry season, the highest carbon stock was in Preserved Caatinga (49.77 Mg ha -1 ). Larger amounts of organic carbon were found in the area of Preserved Caatinga, being the higher carbon concentrations recorded in the dry season. Keywords: Tropical dry Forest, carbon storage, succession of caatinga. ResumoCarbono no solo em diferentes fisionomias de caatinga na Paraíba, Brasil. A devastação da vegetação da caatinga pela exploração desordenada tem levado à intensificação da liberação do carbono, modificando a capacidade dos solos de estocar esse elemento. O estudo objetivou determinar o estoque de carbono orgânico em diferentes fisionomias da Caatinga. O qual foi desenvolvido no município de Várzea-PB em quatro áreas com vegetação em diferentes estágios sucessionais. Foram coletadas, então, amostras de solo para determinação de teores de Carbono em 04 profundidades (0-5 cm, 5-10 cm, 10-15 cm e 15-20 cm) em duas épocas. As médias foram comparadas pelo teste Tukey. As quantidades de carbono no solo apresentaram diferenças significativas quanto aos fatores época, área de estudo e profundidade. Na época seca as quantidades e estoque de carbono foram superiores às registradas na época chuvosa em todas as áreas estudadas, tendo as áreas de Caatinga Secundária Tardia e Caatinga Preservada registrado os maiores valores. A Caatinga Secundária Tardia apresentou o maior estoque de carbono (33,01 Mg ha -1 ) na época chuvosa. Já na época seca, o maior estoque ocorreu na Caatinga Preservada (49,77 Mg ha -1 ). Os maiores estoques de carbono orgânico foram encontrados na área de Caatinga Preservada com os maiores valores registrados na época seca, revelando a importância da conservação da vegetação da caatinga para manter a eficiência do processo assimilatório e acumulador de carbono, principalmente na época seca. Palavras-chave: Florestas Secas Tropicais, armazenamento de carbono, sucessão da caatinga.