Investigou-se, neste estudo descritivo, a percepção dos profissionais de contabilidade com relação aos estereótipos associados à mulher contadora. É uma pesquisa com abordagem quantitativa, realizada por meio de levantamento junto a profissionais de ambos os gêneros da cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, com registro ativo no Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG), totalizando uma amostra por acessibilidade e não probabilística de 308 (trezentos e oito) respondentes. Mediante questionário foram coletadas informações sociodemográficas bem como os estereótipos atribuídos à mulher contadora pelos próprios profissionais de contabilidade, a partir de pares de adjetivos opostos em uma Escala de Diferencial Semântico. Usando-se o Teste de Hipóteses para Diferença de Proporções para tratamento estatístico dos dados rejeitou-se a hipótese H0: Não há diferença na proporção da estereotipagem da profissional contadora para os contadores e contadoras.Homens e mulheres percebem de forma distinta a mulher contadora quanto aos estereótipos: líder, prática, independente, confiante, com sentido de humor, conhecedora da realidade empresarial e sensível. Embora resultados de estudos anteriores apontem estereótipos negativos sobre a imagem da mulher contadora adjetivando-a como mal-humorada, imaginativa, submissa, melhor preparada para atividades repetitivas e operacionais e antissocial, estes estereótipos não foram apontados pelos partícipes desta pesquisa. No entanto, constatou-se, principalmente na percepção das próprias contadoras, dificuldades que as impedem de se destacarem no ambiente corporativo, ocupando as mesmas posições e recebendo os mesmos salários que profissionais do gênero masculino.Palavras-chave: Gênero. Mulher contadora. Estereótipos. Escala de Diferencial Semântico.Desigualdades entre gêneros.