Resumo:A composição é um terreno fértil de reflexão e de polémica, estando no centro de algumas discussões teóricas sobre a arquitetura da gramática, do léxico, da lexicogénese e das interfaces entre léxico, morfologia, sintaxe. Neste texto exploram-se alguns dos limites internos e externos da composição, nomeadamente com a afixação -prefixação e sufixação (secção 3)-e com a sintagmação (secção 4). Observaremos de que modo os contornos entre composição neoclássica e afixação são marcados por significativa porosidade, traduzidas por mudanças no estatuto morfolexical de alguns radicais neoclássicos que tendem a assumir valor sufixal. Descrevem-se as diferenças entre compostos sintagmáticos [NprepN] N e sintagmas nominais com a mesma configuração, e avaliam-se as dimensões caracterizadoras dos compostos [NprepN] N das línguas românicas, com ênfase nos das línguas portuguesa, espanhola e italiana.Palavras-chave: composição, prefixação, sintagmas, formação de palavras, morfologia, língua portuguesa, língua espanhola.
Abstract:Compounding is both a fruitful and a controversial field of research, and can be found at the center of a number of theoretical discussions on the architecture of grammar, of the lexicon, of lexicogenesis and the interface between lexicon, morphology and syntax. This study explores some of the internal and external boundaries of compounding, principally with affixation -prefixation and suffixation (section 3)-and with phrasal noun constructions (section 4). We will see how the boundaries between neoclassical