“…Além disso, foi possível identificar que os trabalhos analisados procuravam também: a) comparar as imagens presentes em textos originais com as imagens criadas pelos alunos e as imagens obtidas através de microscópio, com o objetivo de "direcionar os alunos à observação, técnica-chave de investigação utilizada na aquisição e geração de conhecimento pelos primeiros naturalistas" (Kendig, 2013(Kendig, , p. 1941; b) apropriar-se das imagens de dois pintores ingleses e de dois franceses, cuja história estivesse ligada ao desenvolvimento científico ou tecnológico do Rio de Janeiro no século XIX (Figura 4) com a finalidade de suscitar discussões relacionadas as "controvérsias históri cas sobre a relação homem versus natureza do século XIX" (Fiúza & Guerra, 2014, p. 132); c) apresentar imagens de regiões próximas a Manchester em períodos de tempos diferentes (1730, 1860 e 1954) para problematizar a discussão sobre a mudança de cor da Bistonbetularia 6 verificada em alguns lugares da Grã-Bretanha e da Europa continental por volta de 1850 (Rudge, Cassidy, Fulford, & Howe, 2014); d) analisar a imagem dos quadros Nascer do Sol e Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (Figura 5) para "promover um debate entre os alunos acerca do conceito de contínuo e de descontínuo destacando a inter-relação entre o contexto artístico e o contexto científico" (Silva & Moraes, 2015, p. 390). Podemos perceber que as imagens utilizadas nas estratégias promoveram a contextualização da história da ciência, ressaltando questões acerca da natureza do conhecimento científico mediante as implicações entre ciência, tecnologia e sociedade, o papel da experimentação e das controvérsias, assim como permitiram abordar conteúdos científicos de modo diferenciado.…”