“…Basta ver que temos há décadas cursos superiores de Música, Teatro, Dança, Artes Plásticas, e nenhum de Circo noBrasil (DUPRAT, 2014).Todavia, inferimos que nos cursos superiores onde há o oferecimento de disciplinas obrigatórias ou eletivas que permitam o contato com temáticas emergentes, como é o Circo, além da formação de grupos de estudo/pesquisa, realização de projetos de extensão e outras ações acadêmicas, estimula-se a implementação de ações e iniciativas dos profissionais formados nessas instituições. Outra questão que nos permite uma breve reflexão está relacionada ao fato de que a ausência de cursos superiores específicos em circo no Brasil pode estar incentivando a participação dos professores de Educação Física na tematização destes saberes, cujo perfil de formação é um dos que mais se aproxima.Assim, muitos pedagogos, incluindo de forma destacada professores de Educação Física, emergem com amplo interesse pelo tema, buscando sofisticar seus argumentos, produzir novas metodologias, inclusive para o trabalho remoto, projetos e frentes para o ensino do circo nos mais distintos cenários educativos (escolas, clubes desportivos, academias de ginástica, projetos sociais) e dentre eles, as universidades, seja no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão como atestam Bortoleto;Celante (2011);Tiaen (2013),Tucunduva (2015),Barragan et al (2016) e Trevizan;Chagas;Kronbauer (2018). Tivemos a possibilidade em estudo anterior (MIRANDA, 2014) de compreender as perspectivas e fragilidades desses processos de implementação que vem favorecendo, além da ampliação dos nexos com o campo da arte, a abordagem de práticas que podem fomentar a expressividade mediante uma educação corporal, artística e estética (BORTOLETO, 2011).…”