Resumo: O conhecimento tem sido força motriz desde os primórdios, da evolução do homem à civilização, e tem sido considerado propulsor da economia, além de acelerar o ritmo da inovação, que surge diante da exploração e renovação contínua de conhecimentos (JIMÉNEZ; COSTA; VALLE, 2014;MOUSTAGHFIR;SCHIUMA, 2013). Neste cenário, o conhecimento se tornou um valor, e as universidades são reconhecidas por sua promoção, aliada ao progresso científico (ATKINSON; BLANPIED, 2008).A maior parte do conhecimento é produzida nas universidades, sendo que esta instituição ocupa lugar central no mundo do conhecimento, seu perfil decorre da expectativa da sociedade de que a universidade desempenhe seu papel no desenvolvimento e crescimento regional, sustentando a competitividade da economia (LEYDESDORFF; ETZKOWITZ, 1996;MORAES, 2016).Dadas constantes e dinâmicas transformações, a sociedade tem se tornado dependente cada vez mais da capacidade de capital intelectual para o crescimento e desenvolvimento econômico e social (QUANDT; BEZERRA; FERRARESI, 2015). Dessa forma, para a sobrevivência das economias modernas baseadas em conhecimento, é necessária a presença de atores inovadores em seu sistema, dentre eles, as universidades.Aliado a esses fatores, o crescimento acelerado da população do planeta desperta preocupação e, alerta aos desafios encontrados em todas as cadeias de produção, nesse sentido, oferecer tecnologia de alta qualidade e custo baixo passou a ser estudada por diversas economias, uma vez que a tecnologia pode reduzir os custos (KUNAMANENI, 2018;RAO, 2017).Conforme Prabhu (2017), a economia global enfrentará grandes desafios nas próximas décadas em termos de atender às necessidades de sete bilhões de pessoas, incluindo as necessidades básicas atuais não satisfeitas nos países em desenvolvimento. Atingir esse crescimento com recursos disponíveis pode ser um dos desafios para as economias emergentes. O setor empresarial, absorvido pela globalização e pela disputa por mercado, tem demonstrado expectativas em programas desenvolvidos pelas universidades por serem consideradas fontes de geração de inovação tecnológica.Desta forma, o setor empresarial espera que estas entreguem para a sociedade geração de conhecimento voltado à inovação em produtos, processos e gestão, tornando as empresas mais competitivas globalmente. Assim, pesquisadores poderão contribuir com o desenvolvimento tecnológico na atividade empresarial brasileira e, mais ainda, diminuir as barreiras nas interações entre as universidades e as empresas (BRASIL, 1996; LOUSADA; TEIXEIRA; MACCARI, 2014).