A diabetes mellitus é uma doença metabólica crônica, caracterizada por níveis séricos de glicose acima do normal, decorrente de defeitos na excreção ou ação da insulina. De acordo com o mecanismo fisiopatológico, a diabetes pode ser classificada em tipo 1, quando há destruição autoimune das células β pancreáticas com consequente deficiência na produção de insulina, ou em tipo 2, quando resultante de anormalidades que levam à resistência da ação insulínica. Alguns dos sintomas de hiperglicemia incluem poliúria, polidipsia e perda de peso, porém, não é raro o diagnóstico dessa afecção em pacientes assintomáticos, visto que, inicialmente, é uma doença invisível e silenciosa. A ausência de controle adequado da glicemia nos pacientes diabéticos pode levar a outras comorbidades, culminando com o aparecimento de graves complicações, que reduzem a expectativa e a qualidade de vida do portador desta doença, como o desenvolvimento de um quadro demencial. A partir dessa importante correlação, o presente estudo analisa a ação de certos fármacos no prognóstico evolutivo do acometimento neurológico, salientando a importância do controle glicêmico, por meio da farmacoterapia e, não menos importante, de hábitos de vida saudáveis, uma vez que a hiperglicemia e a hiperinsulinemia, resultante da resistência insulínica, estão diretamente relacionadas com a degeneração cognitiva.