2017
DOI: 10.28998/2179-5428.20170107
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Coletivos: um balanço da literatura sobre as novas formas de mobilização da sociedade civil

Abstract: Resumo: O presente trabalho se insere na subárea da ciência política que abarca os estudos relacionados à sociedade civil e movimentos sociais. No âmbito desse campo de pesquisas, têm sido escassas as análises e investigações que concernem aos chamados coletivos, tidos como formas de mobilização recentes nos espaços acadêmicos e extra-acadêmicos e que se configuram enquanto modalidade de ativismo social multiforme na contemporaneidade. Através desse trabalho, que analisa a maneira pela qual a literatura cientí… Show more

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“…Essas características, quando apontadas pelos analistas para a dimensão organizacional dos coletivos, indicam se tratar de grupos menos estruturados em termos burocráticos e institucionais (Gohn, 2017;Lima, 2018;Perez;Silva Filho, 2017). Diferentemente de outras formas de organização e de ativismo, como setoriais partidárias, organizações de movimentos sociais, ONG's, sindicatos etc., os coletivos não apresentam, comumente, divisão interna entre secretariados, assessorias e lideranças, caracterizando-se, assim, por uma menor divisão interna do trabalho e um menor nível de formalidade.…”
Section: Eixos Analítico-descritivos Na Literatura Sobre Os Coletivosunclassified
“…Essas características, quando apontadas pelos analistas para a dimensão organizacional dos coletivos, indicam se tratar de grupos menos estruturados em termos burocráticos e institucionais (Gohn, 2017;Lima, 2018;Perez;Silva Filho, 2017). Diferentemente de outras formas de organização e de ativismo, como setoriais partidárias, organizações de movimentos sociais, ONG's, sindicatos etc., os coletivos não apresentam, comumente, divisão interna entre secretariados, assessorias e lideranças, caracterizando-se, assim, por uma menor divisão interna do trabalho e um menor nível de formalidade.…”
Section: Eixos Analítico-descritivos Na Literatura Sobre Os Coletivosunclassified
“…A crescente emergência da forma de organização social chamada "coletivo" tem sido observada em diferentes cidades brasileiras (Gohn, 2014;Di Giovanni, 2015;Perez & Silva Filho, 2017;Perez, 2019;Frúgoli Jr., 2018;Pinheiro-Machado, 2019). De acordo com o estudo de Olívia Perez (2019), observa-se um notável aumento de grupos mobilizados que se autodeclaram "coletivos", a partir de 2012.…”
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“…Estudos têm apontado os coletivos como formas de organização que priorizam a autogestão, numa busca por horizontalidade e autonomia crítica de toda forma de agrupamento construída na base das relações hierárquicas, do protagonismo de líderes e da decisão de cima para baixo (Mesquita, 2008;Borelli & Aboboreira, 2011;Maia, 2013;Perez & Silva Filho, 2017; 1 Diversos coletivos se apropriaram da "ocupação" como forma de ação coletiva, a título de exemplo, a Praça da Estação (Belo Horizonte), o Ocupa Cabral (Rio de Janeiro), Ocupa Estelita (Recife), Ocupa Pandorga (Porto Alegre), coletivos de ocupa o Minhocão e o Parque Augusta (São Paulo), coletivos de ocupação de escolas públicas em diversas cidades e, mais recentemente, o Ocupa Política. Pinheiro-Machado, 2019).…”
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“…Em especial após junho de 2013, ao lado dos atores coletivos da direita, que se tornaram visíveis, surpreendendo grande parte da academia, emergiram também atores vinculados às esquerdas, que passaram a usar a autodenominação de coletivos, distanciando-se da identidade de "movimentos", embora tenham sido denominados por parte da literatura como "novíssimos movimentos sociais" (Gohn, 2017) 3 . Diante desse fenômeno, do ponto de vista conceitual, está em curso uma reflexão acadêmica que debate se essa formação societária exige a construção de uma categoria analítica própria (Marques & Marx, 2020;Perez & Silva Filho, 2018) ou se ela pode ser relacionada a outras formas associativas ou, ainda, ao próprio conceito de movimentos sociais.…”
unclassified
“…Já encarado por outros autores (cf. Perez & Silva Filho, 2018), o desafio de analisar os coletivos ecoa em nosso dossiê com "Ativismo, instituição e repertório autonomista". Aliando revisão bibliográfica e uma abordagem etnográfica, o texto de Flavia de Faria acessa os bastidores dessas inovações no repertório organizacional contemporâneo.…”
unclassified