A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença infecciosa de caráter crônico e zoonótico, causada por um protozoário pleomórfico da ordem Kinetoplastida, sendo o cão o principal reservatório doméstico de L. chagasi, tanto em ambiente urbano quanto rural, desse modo, o controle adequado e o tratamento eficaz para a manutenção do paciente com leishmaniose visceral canina faz-se importante. Assim, o objetivoneste estudo foi relatar a abordagem diagnóstica e terapêutica em canino com LVC, utilizando a ozonioterapia como suporte ao tratamento convencional. Foi atendido em uma clínica veterinária, na cidade de Santarém, Pará, um canino, macho, da raça dachshund, com quatro anos de idade, pesando 7 kg. O animal apresentava no dia da avaliação diminuição do apetite, apatia, êmese, emagrecimento, onicogrifose, alopecia, dermatite esfoliativa não pruriginosa e pelos quebradiços. O animal foi positivo no teste rápido (DPP®) para leishmaniose com resultado reagente. Como tratamento terapêutico de forma assíncrona, institui-se inicialmente a aplicação de miltefosina, alopurinol e domperidona, posteriormente administrou-se cinco sessões de ozonioterapia com intervalo de 7 dias para cada sessão. Como resultados observou-se que o paciente apresentou melhora clínica e sintomatológica, principalmente no tecido cutâneo após a administração do ozônio, sendo evidenciados resultados satisfatórios durante o tratamento, tornando-se uma opção viável para reestabilização e/ou fortalecimento do sistema leucocitário. Ademais, neste estudo, a ozonioterapia melhorou os achados clínicos e laboratoriais do paciente, porém, não reduziu a carga parasitária tal como demonstrado pela Reação em cadeia da polimerase(PCR) quantitativo.