Objetivo: Conhecer a percepção de crianças sobre o atendimento odontológico. Método: Estudo exploratório, com abordagem qualitativa. A população-alvo foi formada por crianças matriculadas em escolas públicas e particulares do perímetro urbano de Itajaí (SC), mediante consentimento livre e esclarecido de seus pais. Para a coleta dos dados, foi utilizada a técnica do desenho-estória com tema. O número de crianças que integraram a pesquisa foi delimitado pela técnica de saturação dos dados. Para a estruturação dos dados, foram consideradas quatro categorias, desdobradas em subcategorias As manifestações foram tabuladas, segundo categorias e subcategorias e tipo de escola. Os dados foram apresentados por meio de estatística descritiva. Resultados: Integraram a pesquisa 40 crianças de escolas públicas e 36 de escolas particulares. As idades variaram de quatroa noveanos. Na escola pública, as meninas corresponderam a 47,5% e os meninos a 52,5%. Na escola particular, as meninas totalizaram 55,5% e os meninos 44,5%. Identificou-se no grupo pesquisado, tanto da rede pública como particular, que a categoria ambiente odontológico obteve a maior frequência (47,5% e 40,6%, respectivamente). Nesta categoria, as subcategorias cirurgião-dentista, paciente e instrumental/equipamentos/EPIs foram suscitadas em frequências muito próximas. Na escola pública, a segunda categoria mais frequente foi tratamento odontológico, com 21,7%, sendo o tratamento preventivo o mais destacado. Na escola particular, a segunda categoria mais lembrada foi aimagem do dentista (37,7%), sendo que a imagem humanizada foi a mais prevalente. E, finalmente, a categoria manifestação comportamental foi a menos destacada para ambos os tipos de escola. Conclusão: Para os dois grupos investigados, o contexto da consulta odontológica estrutura-se, principalmente, pelas situações agradáveis que são balizadas por uma prática educativo-preventiva, permeada por uma visão humanizada do cirurgião-dentista.