A pós-modernidade trouxe inúmeras inovações e transformações sociais, tecnológicas, financeiras e também psicológicas para a vida em sociedade. Decorrente de um ritmo acelerado e que preza pela produção e autossuficiência, a vida em uma sociedade contemporânea abarca algumas consequências para aqueles que tentam sobreviver a tantas imposições, regras, deveres e prazos. O objetivo desse artigo é o de refletir sobre a prática da Psicologia inserida na contemporaneidade, bem como refletir sobre os produtos advindos da vida em sociedade pós-moderna, buscando entender as consequências subjetivas pelo mal-estar contemporâneo causado nos indivíduos, por meio da revisão bibliográfica que abarcava o tema. A partir dessa reflexão, é proposta a ressignificação da psicologia como prática clínica tradicional, indicando a importância de a mesma permear pelos cenários sociais políticos e públicos, adequando a sua atenção teórica e metodológica a todos os locais que dela necessitarem, ressaltando a importância de considerar as produções dos transtornos emocionais como consequências do funcionamento de tal sociedade. Considerando o novo funcionamento social no qual os indivíduos estão inseridos, busca-se o uso de uma modalidade de atendimento maleável e abrangente, propondo o uso do Plantão Psicológico como modalidade preventiva de atendimento psicológico, para atender as mais diversas demandas, como atitude facilitadora, ao oferecer uma abertura para o novo, o dinâmico e o contemporâneo, criando um espaço de escuta e acolhimento para o momento em que o sujeito se sente em sofrimento, pois tal atuação permite sua adequação aos mais diversos contextos e estruturas para ofertar o atendimento psicológico.