Conhecimento dos acadêmicos de Medicina e médicos sobre cuidados paliativos: aplicação do questionário BPW

Abstract

Resumo: Introdução: Os cuidados paliativos (CP) possibilitam a interação da equipe multidisciplinar e proporcionam qualidade de vida e alívio da dor, ao considerarem o biopsicossocial e a espiritualidade do indivíduo, de modo a não adiar ou acelerar a morte. Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar o nível de compreensão dos acadêmicos de Medicina e médicos sobre os CP. Método: A primeira amostra foi constituída de 73 acadêmicos distribuídos entre os 12 períodos do curso de Medicina. A segunda população amostral englobou três médicos sem a prática dos CP. A coleta de dados fundamentou-se na aplicação da versão portuguesa do questionário Bonn Palliative Care Knowledge Test (BPW) do Porto. O arquivo é composto por duas seções: a primeira contém 23 questões, e a segunda, 15, incluindo quatro opções de resposta (correta, razoavelmente correta, pouco correta e incorreta). Como suporte para a aplicação virtual, utilizou-se a plataforma do Google Forms. Os participantes foram informados, por meio de mensagem de texto e também de forma presencial, no caso dos profissionais, sobre do motivo da pesquisa e as questões éticas. Resultado: A compreensão dos CP foi variável, principalmente entre os estudantes, já que alguns tópicos apresentaram maior divergência entre as respostas do que outros. Os acadêmicos (84,9%) e médicos (66,6%) demonstraram ter conhecimento sobre a possibilidade de combinar os CP com tratamentos curativos. Somente 9,1% dos acadêmicos marcaram como inadequada a gestão da dor com opioide transdérmico. Quanto aos médicos, não houve nenhuma menção a isso. Ademais, 95,9% dos estudantes e 100% dos profissionais reconheceram que é possível aprender habilidades interpessoais, como a comunicação. Com relação à identificação e discussão dos problemas reais no ambiente social da pessoa em CP, 100% dos médicos e apenas 50,7% dos acadêmicos afirmaram que são capazes de tal ação. Conclusão: É necessária a capacitação teórica e prática desses indivíduos por meio da inclusão da disciplina de CP de modo individualizado, desde os primeiros períodos do curso de Medicina e também em outros cursos da saúde, visto que a equipe multidisciplinar é essencial para a concretização desse cuidado holístico.

O ensino sobre cuidados paliativos para o desenvolvimento de habilidades emocionais nos estudantes de medicina

“…Além disso, baseando-se em um estudo descritivo e observacional envolvendo 73 estudantes de medicina, Souza et al (11) expôs que 69,9% se consideram capazes de desenvolver empatia com a pessoa em cuidados paliativos nos diversos âmbitos da vida, das relações familiares e das necessidades. Entretanto, essa mesma amostra de estudantes apresentou divergências em relação à autoavaliação, uma vez que, não houve unanimidade em nenhum dos questionamentos.…”

Conhecimento dos residentes de urgência e trauma da SES-DF sobre cuidados paliativos na emergência

“…O teste aplicado na pesquisa Bonn Palliative Care Knowledge Test foi um teste criado e validado na alemã por Pfister et al, (2011) em momento oportuno, no qual há crescente quantidade da população idosa no país, inicialmente sendo testado por especialistas em cuidados paliativos, e posteriormente, por um grupo de enfermeiros em workshop sobre cuidados paliativos para avaliar a mudança de repostas antes e depois dessa formação. Instrumento que foi adaptado para o português e os demais profissionais da saúde e diversas vezes utilizado para avaliar o domínio desses profissionais acerca da temática, como em um estudo com fisioterapeutas pediatras em um hospital materno infantil realizado em 2021 por Oliveira et al , acadêmicos de Medicina e médicos em Souza et al, (2022), como para a avaliação do conhecimento dos médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família entre diversos outros em Santiago et al, (2018), e nessa pesquisa vem avaliar esses diversos profissionais enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas residentes em seus dois anos do programa multiprofissional de urgência e trauma da secretária de educação do Distrito Federal. (Pfister et al, 2011;Oliveira et al, 2021;Souza et al, 2022;Santiago et al, 2018).…”

“…Instrumento que foi adaptado para o português e os demais profissionais da saúde e diversas vezes utilizado para avaliar o domínio desses profissionais acerca da temática, como em um estudo com fisioterapeutas pediatras em um hospital materno infantil realizado em 2021 por Oliveira et al , acadêmicos de Medicina e médicos em Souza et al, (2022), como para a avaliação do conhecimento dos médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família entre diversos outros em Santiago et al, (2018), e nessa pesquisa vem avaliar esses diversos profissionais enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas residentes em seus dois anos do programa multiprofissional de urgência e trauma da secretária de educação do Distrito Federal. (Pfister et al, 2011;Oliveira et al, 2021;Souza et al, 2022;Santiago et al, 2018).…”

“…Provavelmente a média de acertos dos residentes de urgência e trauma foi muito aquém do esperado por se tratar de profissionais de primeiro contato, em salas de emergência, que tratam de pacientes com risco iminente de vida a todo momento e na grande maioria das vezes o acesso familiar a este paciente é restrito e não visto como essencial (Pfister et al, 2011(Pfister et al, , 2013 Outras questão divergente foi a respeito dos pacientes em cuidados paliativos necessitarem de uma proximidade emocional constante, os residentes deste estudo em sua maioria acreditam que é necessário essa proximidade, concordando com a parte dos acadêmicos de medicina do estudo de Souza et al (2022), onde acima de 90 % deles também consideram essa proximidade importante, em contrário do que se espera como resposta o instrumento original que não considera essa proximidade constante como adequada, assim como os médicos desse mesmo estudo (Souza et al, 2022).…”

“…Possivelmente essa resposta apresenta essas diferenças devido ao tempo de formação desses profissionais residentes estarem ainda em sua maioria no início de suas carreiras enquanto os profissionais médicos do estudo de Souza que acertaram unanimemente essa questão, já apresentarem um maior tempo de experiência, e ter maior facilidade de separar o tratamento e a parte emocional ao lidar com pacientes no processo dos cuidados paliativos (Souza et al, 2022).…”