O objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento e a adesão dos estudantes de graduação em Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais quanto às normas de biossegurança e controle da infecção. Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado com alunos do 4° ao 10° período, matriculados no segundo semestre de 2017. Houve uma intervenção que buscou reforçar os conhecimentos de biossegurança por meio da distribuição de folhetos informativos aos estudantes e afixação de pôsteres em locais de maior circulação. Foram coletadas informações sociodemográficas e relativas à biossegurança antes e após a intervenção, por meio de um questionário validado. Foram realizadas análises descritivas e bivariada por meio do teste qui-quadrado. A amostra constituiu de 653 estudantes, a maioria do sexo feminino, cursando entre o 7° e o 10° períodos, com média de idade de 22,6 anos. Quanto à proteção mecânica dos instrumentos de trabalho, tanto antes quanto após a ação, mais de 80% responderam sempre utilizar barreiras. Houve redução das frequências de desinfecção do ambiente e uso de equipamentos de proteção individual. A frequência de lavagem dos instrumentais aumentou de 95,4% para 96,6% após a intervenção, enquanto a esterilização reduziu de 100% para 98,8%. Houve associação entre o uso de equipamentos de proteção individual com o sexo feminino e os períodos iniciais do curso (p<0,001). Conclui-se que os estudantes do sexo feminino e dos períodos iniciais aderem com maior frequência às normas de biossegurança. Os conhecimentos sobre biossegurança não foram satisfatórios para o controle da infecção, mesmo após a ação educativa.