ResumoO trabalho teve como objetivo estudar o conhecimento ecológico tradicional dos quilombolas sobre a diversidade, ocorrência e o uso de palmeiras em Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso. Usamos o método bola de neve, baseado no conhecimento de palmeiras para seleção dos entrevistados e técnica de lista livre. Realizamos 32 entrevistas em três comunidades quilombolas: Boqueirão, Retiro e Casalvasco e Manga. A lista livre mostrou 18 espécies de palmeiras conhecidas, babaçu (Attalea speciosa) foi citada por todos os entrevistados (100%), açaí (Euterpe precatoria) (94%), bocaiúva (Acrocomia aculeata) (81%), acuri (Attalea phalerata), buriti (Mauritia flexuosa L.F.) (78%) e tucum (Astrocaryum huaimi) (75%). O consenso cultural ficou concentrado em sete espécies nativas. O conhecimento ecológico tradicional deste grupo social possibilita desenhar um programa participativo de uso sustentável dessas palmeiras em bases ecológicas e culturais.
AbstractThe research had aim to study the traditional ecological knowledge of the quilombolas with regards to diversity, occurrence and use of palms in Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso State. We used the snow ball method, based on knowledge of palms for selection of respondents and free list technique. We conducted 32 interviews in three quilombola communities: Boqueirão, Retiro and Casalvasco and Manga. A free list showed 18 known species of palms. Babassu palm (Attalea speciosa) cited by all interviewees (100%), Açaí palm (Euterpe precatoria) (94%), Bocaiúva (Acrocomia aculeate) (81%), Acuri (Attalea phalerata) and Buriti (Mauritia flexuosa) (78%) and Tucum (Astrocaryum huaimi) (75%). The cultural consensus concentrated on seven native ones. The traditional ecological knowledge of this social group allows for the planning of a sustainable programme of participative usage of these palms on an ecological and cultural basis.
Novos Cadernos NAEATraditional ecological knowledge of palms by quilombolas communities on the Brazil-Bolivia border, Meridional Amazon Conhecimento ecológico tradicional de palmeiras por comunidades quilombolas na fronteira Brasil-Bolívia, Amazônia Meridional