O tratamento a pessoa em sofrimento psíquico suscita discussões e contradições relacionadas à humanização, principalmente durante a execução de procedimentos como a contenção mecânica. Sendo utilizada historicamente pelos serviços de saúde sem levar em consideração as inúmeras consequências que seu uso poderá acarretar, utilizada muita das vezes de forma indiscriminada e não reflexiva. O objetivo para elaboração desse estudo foi refletir o papel do profissional de enfermagem na conduta de contenção mecância em relação a humanização, considerando as consiequências para a saúde mental. Trata-se de uma revisão de literatura narrativa nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): Literatura Internacional em Ciência da Saúde (MEDLINE), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), dentre outros. Constatou-se que o uso de contenção mecânica aumenta o risco de lesão pós queda e outros danos indesejáveis, mais do que as impedem. Estando ligado a eventos adversos graves, tais como fraturas de quadril; contusão; luxação dos membros; lesões isquêmicas nas mãos e braços. Ferindo os direitos do cidadão, orgulho, alma e carne de quem é submetido a tal situação. Acomete lacerações profundas no cuidar da equipe, na cultura do cuidar, cuidar com amor, com humanização. Onde a contenção, seja ela mecânica, química ou biológica, desafia a dignidade da pessoa humana, uma vez que não pode se falar em liberdade, paz ou desenvolvimento de uma pessoa que se encontra contida. Desse modo, uma abordagem terapêutica a partir de uma avaliação humanizada e singular é fundamental, o que requer dos profissionais habilidade e rapidez para tomadas de conduta, mantendo sempre uma boa comunicação de forma humanizada, ouvindo seus pacientes calmamente, evitando ao máximo a utilização das contenções.